Haddad recebe apoio global a projeto de imposto sobre grandes fortunas

Arquivado em:
Publicado Quarta, 28 de Fevereiro de 2024 às 19:00, por: CdB

Com este planejamento, Haddad tentar avançar com a pauta da mudança da tributação como instrumento para reduzir a desigualdade, no Brasil e no mundo. Para isso, quer discutir a tributação progressiva da renda e do patrimônio.


Por Redação - de São Paulo

A medir pelos aplausos ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na abertura da reunião financeira do G20, que reúne as maiores nações produtivas, o peso das fortunas multibilionárias, no mundo, tende a ficar mais leve. Os super-ricos precisam pagar mais impostos, segundo a mensagem de Haddad.

— Precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que os bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos — afirmou.

haddad-g20.jpg
Haddad, que testou positivo para covid-19, falou na abertura do encontro do G20 remotamente


Com este planejamento, Haddad tentar avançar com a pauta da mudança da tributação como instrumento para reduzir a desigualdade, no Brasil e no mundo. Para isso, quer discutir a tributação progressiva da renda e do patrimônio.

— Chegamos a uma situação insustentável, em que os 1% mais ricos detém 43% dos ativos financeiros mundiais e emitem a mesma quantidade de carbono que os dois terços mais pobres da humanidade — calculou o ministro, ao citar que a desigualdade não é apenas de renda, mas também no consumo.

 

Limitações


No discurso de abertura do grupo de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das 20 maiores economias do mundo, o ministro brasileiro criticou as operações financeiras adotadas por ricos para pagar menos impostos. Ainda durante este encontro, um número ainda incerto de multibilionários fez chegar à governança mundial, nas Nações Unidas, proposta para cobrança de mais impostos às grandes fortunas.

— Um complexo sistema offshore foi estruturado para oferecer formas cada vez mais elaboradas de evasão tributária aos super-ricos. Estas tendências culminaram na crise financeira de 2008, expondo claramente as limitações daquela forma de globalização — observou o ministro.

Sobre o Brasil, o ministro disse que o governo passou o primeiro ano 

“reforçando a credibilidade fiscal e criando as bases de uma nova política econômica, que tem relação direta com as prioridades que agora apresentamos ao G20”.

 

Comunicado


Nesta quinta-feira, será  apresentado um comunicado conjunto do bloco de países, negociado ao longo de todo o encontro. Representantes e secretários dos ministros de Finanças e dos presidentes de Bancos Centrais fizeram um encontro preparatório, na véspera, que deu início às negociações. O texto elaborado por eles, foi apresentado aos ministros nesta manhã.

— Concluímos ontem [terça] a negociação de toda a parte econômica do comunicado que vai ser passada aos ministros a partir de hoje, para sua adoção amanhã [quinta]. As prioridades brasileiras seguem não só sendo bem recebidas mas caminhando alguns graus para sua implementação, com planos de trabalho concretos — resumiu a representante brasileira, Tatiana Rosito.

Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo