Governo e oposição ainda disputam liderança na CPI do Golpe

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Publicado Sexta, 10 de Fevereiro de 2023 às 11:20, por: CdB

Embora tenha cumprido os requisitos, ainda não está garantida sua instalação. Apoiadores da CPI, Soraya Thronicke (União Brasil-MS) e Renan Calheiros (MDB-AL) pressionam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), a ler em plenário o requerimento.

Por Redação - de Brasília
O requerimento para a criação da CPI do Golpe, que objetiva investigar os atentados terroristas promovidos por bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, já conta com a assinatura de 37 senadores. Para ser instalada no Senado, uma CPI precisa de no mínimo 27 assinaturas para funcionar.
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Pacheco (PSD-MG) não pretende fazer nenhum esforço para a realização da CPI do Golpe
Embora tenha cumprido os requisitos, ainda não está garantida sua instalação. Apoiadores da CPI, Soraya Thronicke (União Brasil-MS) e Renan Calheiros (MDB-AL) pressionam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), a ler em plenário o requerimento, um passo fundamental para o início dos trabalhos. Pacheco adiantou que fará a leitura ainda em fevereiro, mas encontra obstáculos junto ao Palácio do Planalto, que se coloca negativamente quanto à iniciativa. O presidente do Senado, por sua vez, já avisou que não fará qualquer esforço para levar adiante o funcionamento da comissão.

Agenda

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se declarou contrário à CPI, porque avalia que toda investigação parlamentar acaba se voltando contra o governo. Há ainda a perspectiva de que a CPI pode tensionar ainda mais o cenário político, arrastando as Forças Armadas novamente para o centro do debate. Para a oposição, embora a Comissão tenha como objetivo investigar nomes ligados ao golpismo bolsonarista, pode ser uma oportunidade para atacar o governo Lula. Os senadores governistas que assinaram o requerimento ainda poderão ser acionados para retirar o apoio ao requerimento. São eles: Paulo Paim (RS), Fabiano Contarato (ES), Jaques Wagner (BA), Humberto Costa (PE) e Rogério Carvalho (SE).
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