Cid permanece na prisão há três meses e sua condição jurídica começa a ficar desesperadora, com a descoberta de novas provas sobre o furto de joias do Erário.
Por Redação - de Brasília
Pai do tenente-coronel Mauro Cid, preso em uma unidade militar da Capital Federal, general Mauro Cesar Lourena Cid está cada vez mais afastado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu colega de turma na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), depois que o filho foi detido. “O clima entre ele e o grupo próximo do ex-presidente, formado em sua maior parte por militares, é de tensão”, apurou a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no diário conservador paulistano ‘Folha de S. Paulo’.
“O general — que sofreu operação de busca e apreensão na semana passada por ajudar a vender nos EUA joias que Bolsonaro recebeu de presente de autoridades estrangeiras— sempre foi amigo próximo e fiel ao ex-presidente. Há algumas semanas, porém, ele começou a reclamar com interlocutores do fato de o filho estar preso desde maio, enquanto Bolsonaro e outros auxiliares do ex-presidente seguem levando uma vida normal”, disse a colunista.
Tic-tac
Na visão do general, segundo Bergamo, o peso dos erros da equipe “está caindo quase que exclusivamente nos ombros do tenente-coronel Cid. A tensão foi aumentando na medida em que a permanência do filho atrás das grades se prolonga. O general Mauro Cid acreditava que ele seria solto poucas horas depois de ser detido”.
Cid permanece na prisão há três meses e sua condição jurídica começa a ficar desesperadora, com a descoberta de novas provas sobre o furto de joias do Erário. “Não apenas o tenente permanece preso como o próprio general foi envolvido no escândalo sob a suspeita de ajudar na venda das joias e de guardar US$ 25 mil em cash para entregar posteriormente a Bolsonaro”, resume a nota.