Rio de Janeiro, 20 de Setembro de 2024

General GDias presta depoimento à CPMI do 8 de Janeiro e assume erro

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Quinta, 31 de Agosto de 2023 às 18:43, por: CdB

GDias testemunhou perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1), que apura os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.


Por Redação, com ABr - de Brasília

Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o general Gonçalves Dias, GDias, admitiu nesta quinta-feira que fez uma avaliação errada dos acontecimentos que causaram as depredações na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, devido a informações divergentes passadas a ele por “contatos diretos”.

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O general GDias comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no 8 de Janeiro


GDias testemunhou perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1), que apura os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.

— Essas informações divergentes me foram passadas na manhã do dia 8 de janeiro e culminaram com minha decisão e iniciativa em ir pessoalmente ver como estava a situação no Palácio do Planalto — explicou.

Manifestações


O general acrescentou que seria mais exigente no esquema de segurança se tivesse informações mais precisas.

— Olhando para trás, algumas decisões seriam tomadas de forma diferente — admitiu.

O ex-ministro disse que na manhã do dia 8 de Janeiro o então diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Cunha, o alertou sobre a possibilidade de intensificação das manifestações, mas que, por outro lado, a coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Cíntia Queiroz de Castro disse que estava “tudo calmo”.

Em seguida, GDias disse que ligou para o general Carlos Penteado, então secretário-executivo do GSI, que também o teria tranquilizado, dando a informação de que tudo estava sob controle.

— Porém, permaneci inquieto. Decidi ir até o Palácio do Planalto — acrescentou.

Acesso


O militar disse, ainda, que não imaginou a invasão dos prédios porque, em reuniões prévias com a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, ficou decidido que não seria permitido o acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes.

— A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal assegurava que tudo estava sob controle, que ações especiais eram desnecessárias. Aquele era o cenário no momento em que deixei o expediente do dia 6, sexta-feira — lembrou.

Já no Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, o general GDias disse à CPMI que assistiu “ao último bloqueio da Polícia Militar ser facilmente rompido antes que os vândalos chegassem ao Planalto. Aquilo não podia ter acontecido. Só aconteceu porque o bloqueio da Polícia Militar foi extremamente permeável”.

O ex-ministro do GSI, que estava no cargo no dia 8 de janeiro, pediu demissão em 19 de abril depois que imagens de dentro do Palácio do Planalto, que mostram ele e funcionários

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