GDias testemunhou perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1), que apura os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.
Por Redação, com ABr - de Brasília
Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o general Gonçalves Dias, GDias, admitiu nesta quinta-feira que fez uma avaliação errada dos acontecimentos que causaram as depredações na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, devido a informações divergentes passadas a ele por “contatos diretos”.
GDias testemunhou perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1), que apura os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.
— Essas informações divergentes me foram passadas na manhã do dia 8 de janeiro e culminaram com minha decisão e iniciativa em ir pessoalmente ver como estava a situação no Palácio do Planalto — explicou.
Manifestações
O general acrescentou que seria mais exigente no esquema de segurança se tivesse informações mais precisas.
— Olhando para trás, algumas decisões seriam tomadas de forma diferente — admitiu.
O ex-ministro disse que na manhã do dia 8 de Janeiro o então diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Cunha, o alertou sobre a possibilidade de intensificação das manifestações, mas que, por outro lado, a coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Cíntia Queiroz de Castro disse que estava “tudo calmo”.
Em seguida, GDias disse que ligou para o general Carlos Penteado, então secretário-executivo do GSI, que também o teria tranquilizado, dando a informação de que tudo estava sob controle.
— Porém, permaneci inquieto. Decidi ir até o Palácio do Planalto — acrescentou.
Acesso
O militar disse, ainda, que não imaginou a invasão dos prédios porque, em reuniões prévias com a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, ficou decidido que não seria permitido o acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes.
— A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal assegurava que tudo estava sob controle, que ações especiais eram desnecessárias. Aquele era o cenário no momento em que deixei o expediente do dia 6, sexta-feira — lembrou.
Já no Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, o general GDias disse à CPMI que assistiu “ao último bloqueio da Polícia Militar ser facilmente rompido antes que os vândalos chegassem ao Planalto. Aquilo não podia ter acontecido. Só aconteceu porque o bloqueio da Polícia Militar foi extremamente permeável”.
O ex-ministro do GSI, que estava no cargo no dia 8 de janeiro, pediu demissão em 19 de abril depois que imagens de dentro do Palácio do Planalto, que mostram ele e funcionários