Descoberta na Margem Equatorial eleva ações de petroleira

Arquivado em:
Publicado Quarta, 10 de Abril de 2024 às 20:05, por: CdB

A acumulação foi localizada em uma profundidade de 2.196 metros e em um ponto localizado a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal. Não é a primeira vez que a Petrobras faz uma descoberta na Bacia Potiguar neste ano.


Por Redação - de São Paulo

Analistas do mercado de energia repercutiam favoravelmente, nesta quarta-feira, o anúncio da descoberta, pela Petrobras, de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar. As ações da companhia subiam, no pregão desta tarde, na B3. A descoberta foi confirmada no poço exploratório Anhangá, situado próximo à divisa entre os Estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, na Margem Equatorial brasileira.

petro-amazonas.jpg
Todo o limite da Margem Equatorial, até a Foz do Rio Amazonas, tem sinais de jazidas de petróleo


A acumulação foi localizada em uma profundidade de 2.196 metros e em um ponto localizado a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal. Não é a primeira vez que a Petrobras faz uma descoberta na Bacia Potiguar neste ano. A companhia já havia confirmado a presença de petróleo no Poço Pitu Oeste, a cerca de 24 km de Anhangá.

"Tais descobertas ainda merecem avaliações complementares. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação", registra nota divulgada pela companhia.

 

Ambientalistas


A exploração de petróleo na Margem Equatorial desperta preocupações de grupos ambientalistas, que veem risco de impactos à biodiversidade. Os poços Anhangá e Pitu Oeste, no entanto, estão distante da foz do Rio Amazonas, considerada a localidade mais sensível.

A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás. No seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos.

Em maio do ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59. Ele está situado na bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras apresentou um novo pedido, ainda sem resposta. O avanço dos trabalhos na Bacia Potiguar, por sua vez, conta com o aval do Ibama, que concedeu a licença de operação para as perfurações dos poços de Pitu Oeste e de Anhangá.

Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo