Depoimento de Cid tende a cristalizar ação de Bolsonaro no golpe

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Publicado Domingo, 10 de Março de 2024 às 16:13, por: CdB

Mensagens e documentos encontrados no celular e no computador de Mauro Cid indicaram as tratativas sobre reverter o resultado eleitoral de 2022, com  a participação de militares e do uso das Forças Armadas.


Por Redação - de Brasília

Ex-ajudante de ordens do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid prestará um outro depoimento à Polícia Federal (PF), no âmbito de seu acordo de colaboração firmado perante o Judiciário. Cid permaneceu preso por quatro meses em uma cela do Exército, no ano passado, até decidir confessar seus crimes perante a polícia.

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O tenente-coronel Mauro Cid cumpria as ordens do então mandatário neofascista Jair Bolsonaro


O militar relatou aos investigadores o que viu e ouviu durante o período em que assessorou o então presidente e seu depoimento tornou-se decisivo na investigação que apura se Bolsonaro, militares e assessores à época tramaram ações golpistas com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mensagens e documentos encontrados no celular e no computador de Mauro Cid indicaram as tratativas sobre reverter o resultado eleitoral de 2022, com  a participação de militares e do uso das Forças Armadas.

 

Elementos


O militar entregou aos investigadores, conforme consta em documentos oficiais da PF, que Bolsonaro “queria pressionar as Forças Armadas para saber o que estavam achando da conjuntura” e que soube que o então comandante da Marinha, Almir Garnier,  “anuiu com o golpe de Estado, colocando suas tropas à disposição do presidente”, durante uma reunião no Palácio da Alvorada.

Diante dos fatos apurados, tanto na delação de Cid quanto nas demais operações posteriores, a PF vê elementos contundentes para indiciar o ex-presidente e seu entorno por uma intentona contra o Estado democrático de direito.

Nesta segunda-feira, o militar prestará um novo depoimento aos investigadores e terá a oportunidade esclarecer, definitivamente, o que de fato aconteceu nos derradeiros dias de Bolsonaro no governo.

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