Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Deflação nos preços indica que economia reage à política do BC

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Terça, 10 de Setembro de 2024 às 20:00, por: CdB

O IPCA havia registrado taxas de inflação de 0,38% em julho deste ano e de 0,23% em agosto do ano passado. Com o resultado, o IPCA acumula taxa de 2,85% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,24%, abaixo do teto da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.

Por Redação – do Rio de Janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, registrou deflação (queda de preços) de 0,02% em agosto deste ano. Essa foi a primeira vez que o indicador teve deflação desde junho de 2023 (-0,08%). O dado foi divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A política monetária do Banco Central têm impedido o crescimento econômico do país

O IPCA havia registrado taxas de inflação de 0,38% em julho deste ano e de 0,23% em agosto do ano passado. Com o resultado, o IPCA acumula taxa de 2,85% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,24%, abaixo do teto da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.

A queda de preços em agosto foi puxada principalmente pelos alimentos, que tiveram deflação de 0,44%, e pelo grupo de despesas habitação, que recuou 0,51%.

 

Habitação

O grupo alimentação e bebidas já tinha apresentado queda de preços de 1% em julho. Em agosto, a deflação foi puxada pela alimentação no domicílio, graças ao recuo de preços de itens como batata inglesa (-19,04%), tomate (-16,89%) e cebola (-16,85%).

A deflação em habitação foi influenciada pela queda do preço na energia elétrica (-2,77%).

Os transportes não tiveram variação de preços no mês. Por outro lado, seis grupos de despesas apresentaram inflação: artigos de residência (0,74%), vestuário (0,39%), saúde e cuidados pessoais (0,25%), despesas pessoais (0,25%), educação (0,73%) e comunicação (0,10%).

 

Taxa de juros

O resultado ocorre uma semana antes da próxima reunião do Copom, do Banco Central, em que parte do mercado já precificava um aumento na taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,50% ao ano, em razão de fatores como expectativas de inflação desancoradas em relação à meta.

A agência norte-americana de estatísticas Bloomberg Economics previa alta do IPCA em agosto no intervalo entre 0,25% a 0,35% na comparação de agosto com julho. Para o acumulado do ano, a alta estimada era de 4,26%.

Para analistas financeiros, no entanto, a projeção é que o IPCA feche o ano em 4,7%, ainda acima do teto da meta. A Selic, por sua vez, deve ser mantida em 10,5% até o final do ano, embora o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) tenda a iniciar, em breve, um novo ciclo de alta.

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