Congresso quer lista de parlamentares perseguidos pela ‘Abin paralela’

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Publicado Segunda, 29 de Janeiro de 2024 às 17:09, por: CdB

Nesta segunda-feira, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação que resultou no cumprimento de nove de mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação que apura o esquema de espionagem ilegal contra opositores e críticos de Bolsonaro.


Por Redação - de Brasília

Presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) anunciou, nesta segunda-feira, que pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista dos parlamentares que foram alvo de um esquema de monitoramento ilegal por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro (PL), conhecida como ‘Abin paralela’.

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Presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) pressiona o Executivo, na área de inteligência


— Pretendo oficiar ao STF para ter ciência de quais senadores foram clandestinamente monitorados — disse Pacheco à mídia conservadora.

Nesta segunda-feira, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação que resultou no cumprimento de nove de mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação que apura o esquema de espionagem ilegal contra opositores e críticos de Bolsonaro. Um dos alvos centrais da ação policial desta manhã foi o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

 

Plenário


No curso das investigações da PF ficou esclarecido que a espionagem ocorria por meio do software israelense FirstMile, o que implicava no armazenamento dos dados fora do país. O diretor-geral da PF, Andrei Passos, revelou que aproximadamente 30 mil brasileiros foram alvo dessa prática.

O ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ), atualmente deputado federal que foi alvo da operação da semana passada, é próximo da família Bolsonaro.

Ainda na Casa, a Comissão de Segurança Pública do Senado, presidida pelo senador Jorge Petecão (PSD-AC), decidiu marcar uma audiência que já estava aprovada desde março de 2023. O requerimento para essa audiência foi apresentado pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), e teve quase unanimidade de aprovação no Plenário, com os votos contrários apenas do ex-juiz parcial e incompetente Sergio Moro (UB-PR) e do ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ambos ligados ao bolsonarismo.

 

Flagrante


Ainda nesta manhã, a PF apreendeu dez celulares, três notebooks, um HD externo e uma arma na casa de um militar ligado à Abin. A apreensão ocorreu no endereço ligado a Giancarlo Gomes Rodrigues, que atuou como assessor do deputado Ramagem quando ele estava no comando da agência.

As apreensões ocorreram nas primeiras horas desta manhã em Salvador, na Bahia. Giancarlo atuou em batalhões do Exército no Rio de Janeiro e no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), durante o governo do ex-presidente Michel Temer.

As diligências ainda em curso miram o núcleo político da organização criminosa que se instalou na Abin. O foco são os destinatários de informações coletadas ilegalmente de 1,8 mil pessoas, entre elas deputados, jornalistas, advogados e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nove mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, atendendo a pedido da PF. Um dos alvos das buscas foi o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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