Comandante militar apoia punição a envolvidos no 8 de Janeiro

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Publicado Domingo, 11 de Fevereiro de 2024 às 16:37, por: CdB

Damasceno declarou não ter informação a respeito de reuniões no governo anterior para discutir planos golpistas e que a Força Aérea Brasileira manteve isenção à gestão Bolsonaro.


Por Redação - de Brasília

Comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno se disse favorável, neste domingo, a uma “investigação completa” sobre o envolvimento de militares na trama golpista ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), com a garantia da ampla defesa e do contraditório.

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O tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno é o comandante da Aeronáutica


— Qualquer coisa que fira nossos diplomas disciplinares será punida. Para a Força Aérea, as notícias vieram a confirmar o papel institucional e constitucional de nossa organização — afirmou o militar, à mídia conservadora.

Damasceno declarou não ter informação a respeito de reuniões no governo anterior para discutir planos golpistas e que a Força Aérea Brasileira manteve isenção à gestão Bolsonaro. Além disso, afirmou não ter conhecimento de militares da Aeronáutica envolvidos nos atos de 8 de Janeiro.

 

Golpe de Estado


A Polícia Federal (PF) na operação especial realizada na última quinta-feira apontou que o general da reserva Walter Braga Netto (PL), candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, disparou contra os chefes do Exército e da Aeronáutica em conversa com o ex-capitão do Exército Ailton Barros, investigado por incitar um golpe de Estado.

Segundo a PF, as conversas extraídas de um aplicativo no celular de Barros, “evidenciaram a participação e adesão do investigado Walter Souza Braga Netto na tentativa de golpe de Estado, com forte atuação inclusive nas providências voltadas à incitação contra os membros das Forças Armadas que não estavam coadunadas aos intentos golpistas, por respeitarem a Constituição Federal”.

Em 14 de dezembro de 2022, Braga Netto chamou o então chefe do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, de “cagão”. Um dia depois, referiu-se ao então chefe da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista, como “um traidor da pátria”.

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