Ciberataques no Brasil crescem 38% no primeiro trimestre

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Publicado Quinta, 25 de Abril de 2024 às 14:08, por: CdB

O relatório traz um retrato do ambiente de cibersegurança global entre janeiro e março com comparativos anuais entre os primeiros trimestres de 2023 e 2024. Em relação ao Brasil, a empresa indica que, na média semanal, houve 2.202 ataques por organizações no período, um aumento expressivo de 38% em relação ao ano passado.


Por Redação, com Canaltech - de Brasília


O Brasil concentrou uma grande quantidade de ciberataques ao longo do primeiro trimestre deste ano. De acordo com um relatório da empresa de segurança digital Check Point Research, o número de ataques no país subiu 38% na comparação anual. Contudo, o México liderou o índice de crescimento de incidentes no comparativo entre as Américas.




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Relatório mostra que incidência média de ciberataques no Brasil teve crescimento de 38% no primeiro trimestre de 2024

Brasil: incidência de ataques é 38% maior


O relatório traz um retrato do ambiente de cibersegurança global entre janeiro e março com comparativos anuais entre os primeiros trimestres de 2023 e 2024. Em relação ao Brasil, a empresa indica que, na média semanal, houve 2.202 ataques por organizações no período, um aumento expressivo de 38% em relação ao ano passado.


A firma de cibersegurança também chama a atenção para uma organização no Brasil que concentrou uma média de 1.770 ataques por semana entre outubro de 2023 e março de 2024.


O Brasil, no entanto, não puxa a lista de países que concentram a maior incidência. Veja o ranking dos países que mais sofreram ataques entre as Américas do Sul, Central e do Norte:


Colômbia: 2.484 ataques (+5%);


México: 2.296 ataques (+43%);


Brasil: 2.202 ataques (+38%);


Chile: 1.497 ataques (+5%);


Argentina: 994 (-52%);


Canadá: 935 (+23%);


Estados Unidos: 925 (-4%).


América Latina registra queda


Já em relação a comparação por regiões, a África sai na frente na média de ataques semanais por organização  e na variação anual:


África: 2.372 ataques (+20%);


Ásia-Pacífico: 2.133 ataques (+16%);


América Latina: 1.267 ataques (-20%);


Europa: 1.030 ataques (+0,4%);


América do Norte: 972 (+2%).


"A América Latina mostrou uma queda de 20%, talvez indicando uma mudança de foco ou medidas defensivas aprimoradas na região", aponta o relatório. "Outra razão poderia ser uma mudança temporária de foco por parte dos cibercriminosos em outras regiões mais vulneráveis ao redor do mundo."


No mundo todo, a média de crescimento é de 28%.


A pesquisa da Check Point Research também alinhou os ataques gerais por setor. Na comparação anual entre os primeiros trimestres de 2023 e 2024, os fornecedores de hardware concentraram o maior crescimento, de 37%. No entanto, a indústria fica para trás no acumulado de incidências, posicionado em sexto lugar.


"A crescente dependência desse setor de hardware para IoT (Internet das Coisas) e dispositivos inteligentes torna esses fornecedores alvos lucrativos para os cibercriminosos", explica a companhia.


No ranking, o setor de Educação e Pesquisa se destaca, com uma média semanal de 2.545 ataques por organização. Na sequência, as campanhas foram direcionadas principalmente aos setores Governamental e Militar (1.692 ataques) e Saúde (1.605 ataques).



América do Norte lidera em ransomware


No quesito ransomware, ameaça que "sequestra" dispositivos, a América do Norte concentrou a maior porção dos quase mil ataques publicados: 59%. Contudo, o maior aumento na comparação anual é visto na Europa, que teve um crescimento de 64% na quantidade de incidentes.


De todo o montante, 4% das investidas tiveram a América Latina como alvo, com uma variação anual de 14%.


Já entre os setores, a Manufatura teve a maior porcentagem no primeiro trimestre de 2024, com um crescimento de 96%. Por outro lado, a indústria de Comunicações atraiu mais atenção, pois concentrou um aumento de 177% na quantidade de ataques.


"O crescimento nos ataques cibernéticos ano a ano no setor das comunicações pode ter sido impulsionado pela rápida transformação digital, integração de tecnologias como 5G e IoT, que expandem vulnerabilidades, enquanto seu papel crítico e manuseio de dados sensíveis o tornam um alvo principal para diversas ameaças, incluindo espionagem patrocinada pelo Estado e roubo de dados", mostra o estudo.




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