CGU apura caso da falsificação de documento federal por ex-presidente

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Publicado Quarta, 20 de Março de 2024 às 19:37, por: CdB

Em janeiro deste ano, a CGU concluiu que era falso o registro de imunização contra a covid-19 em nome de Bolsonaro. Desde então, o caso foi apurado pela PF até a indiciação dos suspeitos. Agentes federais, ao verificarem a data da falsificação do documento com o dia em que foi retirado o sigilo do cartão de vacina, perceberam a proximidade com os fatos indicados em outra investigação em curso.


Por Redação - de Brasília

A Controladoria-Geral da União (CGU), instância responsável pelo início da investigação que culminou na decisão da Polícia Federal (PF) de indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e falsificação de documento federal, prepara o processo para ser avaliado no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de outros processos que tramitam na Corte.

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Ministro do TCU, Vinicius Marques de Carvalho avalia os processos de Bolsonaro


Em janeiro deste ano, a CGU concluiu que era falso o registro de imunização contra a covid-19 em nome de Bolsonaro. Desde então, o caso foi apurado pela PF até a indiciação dos suspeitos. Agentes federais, ao verificarem a data da falsificação do documento com o dia em que foi retirado o sigilo do cartão de vacina, perceberam a proximidade com os fatos indicados em outra investigação em curso, no caso, o golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro.

 

Obviamente


Segundo o ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, os registros das vacinas do Rio de Janeiro tinham sido apagados no dia 27 de dezembro, e no dia 29, o presidente autorizou o acesso aos seus registros de vacina.

— Obviamente, ali não apareceria registro algum porque eles tinham sido apagados — disse Carvalho, a jornalistas.

Parece, ao ministro Carvalho, “que vai ficando cada vez mais clara as articulações entre a questão da fraude do cartão de vacinação com outros temas relacionados com aquele ponto culminante do dia 8 de Janeiro“.

— Tudo vai se investigando, se aprofundando com muito cuidado, com muita parcimônia para que se a gente chegue na real dimensão disso tudo. Isso é obviamente um papel da polícia sob a orientação do Supremo Tribunal Federal — concluiu ele.

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