Publicado Segunda, 20 de Junho de 2022 às 12:52, por: CdB
Reconhecido como um dos principais líderes da categoria, Landim afirma que o governo Bolsonaro tem adotado medidas sem eficácia, apenas norteado por interesses eleitorais, e que o mandatário descumpriu compromissos que teria assumido com os profissionais de transporte, como a alteração da política de preços usada pela Petrobras.
Por Redação - de São Paulo
Os caminhoneiros, antes aliados ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), estão cada vez mais pessimistas quanto à gestão de preço de preços dos combustíveis pela Petrobras. A mudança na direção da petroleira não trouxe esperança à categoria.
Um dos principais líderes dos caminhoneiros, o bolsonarista 'Chorão' tem se rebelado contra as soluções encontradas pelo governo
— O país vai parar naturalmente, por não ter mais condições de rodar — afirmou o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como ‘Chorão’ ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP).
Ao lado de uma bomba de combustível, Landim exibia, nesta segunda-feira, o preço praticado por um posto de São Paulo, onde o diesel é vendido por R$ 8,70 o litro.
— Estou aqui em São Paulo, 300 litros de diesel, R$ 2.610, R$ 8,70 o litro do diesel. Categoria, vamos acordar. Precisamos, sim, se unir, todos os Estados — acrescentou Landim.
Oscilações
Reconhecido como um dos principais líderes da categoria, Landim afirma que o governo Bolsonaro tem adotado medidas sem eficácia, apenas norteado por interesses eleitorais, e que o mandatário descumpriu compromissos que teria assumido com os profissionais de transporte, como a alteração da política de preços usada pela Petrobras, que se baseia em oscilações internacionais para definir sua tabela no país.
— Vamos acordar, se unificar e ir para cima da Petrobras. E quando eu falo ir para cima da Petrobras, é ir para cima do governo federal, também. Quem nomeia o presidente da estatal é o senhor Jair Messias Bolsonaro, que fez um compromisso para nós de mudar esse preço de paridade de importação em 2018. Por isso nós acreditamos no senhor — cobrou.
‘Chorão’ diz que a definição dos membros do conselho da empresa tem concentração nas mãos do governo e que, por isso, Bolsonaro poderia fazer mudanças estruturais.
— Dos 11 membros do conselho, seis também são indicações suas. Você pode fazer, sim. Vamos para cima da Petrobras, do governo, do Ministério de Minas e Energia. Não podemos mais ficar calados — concluiu.