Bolsonaro, na realidade, tem falado pouquíssimo sobre qualquer assunto, principalmente quando a pauta é sua possível prisão. O ex-mandatário neofascista é alvo de uma série de inquéritos da Polícia Federal (PF).
Por Redação - de Brasília
No 60º aniversário do golpe militar de 1964, Jair Bolsonaro (PL), neste 1º de Abril, sempre saudoso do regime militar, preferiu ficar calado. Nos quatro anos de seu mandato presidencial, Bolsonaro não perdia uma oportunidade sequer de comemorar o golpe e o regime assassino que se seguiu. Até o fim desta manhã, no entanto, calou-se sobre os chamados ‘Anos de Chumbo’.
Bolsonaro, na realidade, tem falado pouquíssimo sobre qualquer assunto, principalmente quando a pauta é sua possível prisão. O ex-mandatário neofascista é alvo de uma série de inquéritos da Polícia Federal (PF).
O golpe de Estado, iniciado em 31 de março de 1964 e levado às consequências finais com a deposição do presidente João Goulart, em 2 de abril, marcou o início de mais de duas décadas de ditadura militar, no país. O período ficou marcado para sempre, na História brasileira, por atos de violência, censura, perseguições, exílios, tortura e assassinatos.
Hungria
Apesar das evidências históricas dos abusos e crimes cometidos durante a ditadura, Bolsonaro tem uma longa história de apoio ao regime. Desde sua época como deputado federal, ele fez declarações controversas, chegando a afirmar em 1999 que a ditadura "matou pouco".
A PF tem buscado se aprofundar nas ações de Bolsonaro em torno das eleições presidenciais de 2022, examinando a tentativa de golpe de Estado com o objetivo de mantê-lo no poder. Em 8 de fevereiro, a PF realizou operações para investigar os envolvidos nas tentativas de subverter o Estado Democrático de Direito e, alguns dias depois, Bolsonaro foi visto dormindo na embaixada da Hungria, no Distrito Federal.