Barroso considera críticas de Bolsonaro ‘assunto enterrado’

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Publicado Terça, 14 de Dezembro de 2021 às 14:10, por: CdB

Depois de eleito, Bolsonaro passou a atacar as urnas eletrônicas, alegando que os resultados eleitorais da próxima eleição estariam em xeque, caso não fosse adotado o voto impresso. No entanto, em setembro, a investida cessou, após as Forças Armadas serem anunciadas como integrantes da Comissão de Transparência criada pelo TSE.

Por Redação - de Brasília
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou, em entrevista coletiva, que os ataques do presidente Jair Bolsonaro à confiabilidade do sistema de votação ficou no passado. O magistrado apresentou, na véspera, o novo modelo de urnas eletrônicas que será produzido para as eleições de 2022. Ele visitou uma fábrica em Manaus que irá produzir os principais componentes do novo equipamento.
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Barroso foi eleito para um mandato de dois anos à frente do TSE
— Os críticos mais ferrenhos já diminuíram o tom da crítica. O próprio presidente Bolsonaro se manifestou pela credibilidade do sistema. Esse assunto foi enterrado — afirmou Barroso. Na entrevista, Barroso ainda ironizou o momento político. — Tem gente que acha que o homem não chegou à lua — acrescentou o ministro, que disse ainda que não é possível ter o “controle sobre o imaginário das pessoas”.

Forças Armadas

Depois de eleito, Bolsonaro passou a atacar as urnas eletrônicas, alegando que os resultados eleitorais da próxima eleição estariam em xeque, caso não fosse adotado o voto impresso. No entanto, em setembro, a investida cessou, após as Forças Armadas serem anunciadas como integrantes da Comissão de Transparência criada pelo TSE. Anteriormente, ele também havia reconhecido não ter provas sobre supostas fraudes no sistema eleitoral. — As Forças Armadas vão empenhar seu nome, não tem por que duvidar. Eu até elogio o Barroso, no tocante a essa ideia, desde que as instituições participem de todas as fases do processo — pontuou. Nesse sentido, Barroso destacou os mecanismos de segurança, auditabilidade e de transparência das urnas. O novo modelo UE2020 tem processador 18 vezes mais rápido que o do modelo anterior e bateria de lítio ferro-fosfato, que não precisa de recarga.

Ataques

Além disso, as novas urnas contam com entradas USB para a utilização de pen-drives, em substituição aos cartões de memória usados no modelo anterior. Ademais, o terminal do mesário passa a ter uma tela sensível ao toque. A fábrica de Manaus, uma subsidiária da Positivo Tecnologia, vai produzir  225 mil novas urnas, de um total de 577 mil que serão usadas nas Eleições 2022. O ministro disse, ainda, que os ataques cibernéticos se tornaram um grave problema nos últimos anos. Mas, sem acesso à internet, às urnas eletrônicas sempre foram imunes a esse tipo de problema. — Tudo é vulnerável no mundo em rede. O que fizemos foi tirar a urna da rede. Não tem como atacar — concluiu.
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