Rio de Janeiro, 28 de Setembro de 2024

Bancada evangélica se rebela contra Bolsonaro por ausência em ministério

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Sábado, 01 de Dezembro de 2018 às 15:39, por: CdB

Esta foi a segunda derrota da bancada religiosa. A primeira foi quando Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar a sugestão dos evangélicos. Formada por 180 deputados, a bancada foi consultada por Jair Bolsonaro sobre nomes para a nova pasta.

 
Por Redação - de Brasília
  A presença do médico Osmar Terra (MDB) no Ministério da Cidadania, no lugar do pastor Magno Malta (PR), que não foi reeleito para o Senado, tem gerado uma série de críticas ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Alguns integrantes da ‘bancada evangélica’ têm demonstrado irritação e ameaça se rebelar, caso não tenha cargos na Esplanada.
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Senador em fim de mandato, derrotado nas últimas eleições, Magno Malta reclama de Bolsonaro
O senador capixaba em fim de mandato, derrotado nas últimas eleições, era o preferido dos evangélicos para o Ministério da Cidadania.

Magoado

— Quem é Osmar Terra comparado ao Magno Malta? — questionou o pastor Silas Malafaia, que diz manter o apoio “intransigente” a Bolsonaro; porém com liberdade para críticas. Esta foi a segunda derrota da bancada religiosa. A primeira foi quando Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar a sugestão dos evangélicos. Formada por 180 deputados, a bancada foi consultada por Jair Bolsonaro sobre nomes para a nova pasta, mas acabou surpreendido com a escolha. Além de Magno Malta, os deputados Fernando Francischini, Alberto Fraga (ambos da bancada da bala) e Pauderney Avelino foram deixados de fora do governo Bolsonaro. Magno Malta deixou Brasília na última segunda-feira dizendo-se “magoado e machucado”, para se isolar em um sítio da família, no interior do Espírito Santo. Reclamava de estar entre os últimos a serem convocados. — Vou receber a marmita? — reclamou o senador.

Elefante

Malta acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão (PRTB) pelo veto ao seu nome. O general Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, chegou a dizer que Magno Malta (PR-ES) era um “elefante no meio da sala” e ainda não havia definido qual o papel dele na gestão. — Olha eu não vi nada para o Magno Malta. Eu acho que ainda estão discutindo. Tem que resolver esse caso. É aquela história, ele desistiu de ser vice de Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, e tem que arrumar um deserto para esse camelo — afirmou o vice em conversa com jornalistas, no início de novembro.
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