Assessoras da ‘dama’ pediam que Cid depositasse em dinheiro vivo

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Publicado Quarta, 24 de Maio de 2023 às 15:45, por: CdB

Advogados de Bolsonaro e de Michelle, no entanto, afirmam que as despesas da então primeira-dama eram bancadas com recursos da conta pessoal de Bolsonaro. Os advogados negam que houvesse desvio de recursos públicos. As mensagens, obtidas pela PF, foram acessadas com autorização judicial.


Por Redação - de Brasília

Relatório da Polícia Federal (PF) vazado para a mídia conservadora, nesta quarta-feira, informa que duas assessoras da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mantinham diálogos constantes com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Cintia Nogueira e Giselle Carneiro pediam, seguidamente, saques em dinheiro vivo e pagamentos para atender aos interesses da “dama” ou “PD” – termos que usavam para se referir à esposa do então mandatário neofascista.

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Michelle Bolsonaro (PL-DF) é suspeita de se locupletar com dinheiro público


“O conjunto probatório colhido durante o estudo do material apreendido (inclusive o contido em nuvem) permite identificar uma possível articulação para que dinheiro público oriundo de suprimento de fundos do governo federal fosse desviado para atendimento de interesse de terceiros, estranhos à administração pública, a pedido da primeira-dama Michelle Bolsonaro, por meio de sua assessoria, sob coordenação de Mauro Cid”, revela o relatório da PF.

Quebra de sigilo


Advogados de Bolsonaro e de Michelle, no entanto, afirmam que as despesas da então primeira-dama eram bancadas com recursos da conta pessoal de Bolsonaro. Os advogados negam que houvesse desvio de recursos públicos. As mensagens, obtidas pela PF, foram acessadas com autorização judicial.

Os registros mostram que as assessoras forneciam dados de contas para a realização de depósitos a terceiros, transmitiam pedidos de Michelle para saques em dinheiro e depósitos em espécie para a conta dela. A PF acessou as mensagens de Mauro Cid após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar a quebra do seu sigilo telemático.

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