Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Aquecimento fora da curva eleva o consumo de energia a novo recorde

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Terça, 14 de Novembro de 2023 às 18:57, por: CdB

Na véspera, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo aviso, prolongando até sexta-feira o alerta vermelho. As temperaturas tendem a estar ao menos 5ºC acima da média por um período maior que cinco dias.


Por Redação - de São Paulo

A onda de calor que atinge grande parte do país, principalmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste, fez com que o Operador Nacional do Sistema (ONS) registrasse, no fim da tarde passada, um novo recorde nacional de energia elétrica. O ONS ressalta, ainda, que foi alcançado um recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN), às 14h17, quando se atingiu o patamar de 100.955 MW (megawatts).

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O uso do ar condicionado nas temperaturas elevadas dos últimos dias tem sobrecarregado a rede elétrica


Foi a primeira vez na história do SIN em que a carga superou a marca de 100 mil MW. A marca anterior era de 97.659 MW, medida em 26 de setembro deste ano. Quando o patamar foi registrado, o atendimento à carga era feito por 61.649 MW de geração hidráulica (61,1%), 10.628 MW de geração térmica (10,5%), 9.284 MW de geração eólica (9,2%), 8.505 MW de geração solar centralizada (8,4%) e 10.898 MW de geração solar proveniente de micro e mini geração distribuída - MMGD (10,8%).

Na véspera, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um novo aviso, prolongando até sexta-feira o alerta vermelho. As temperaturas tendem a estar ao menos 5ºC acima da média por um período maior que cinco dias.

Em São Paulo, a cidade voltou a ter o dia mais quente do ano. De acordo com o Inmet, houve o registro de 37,4°C às 15h na estação meteorológica do mirante de Santana, na zona norte da capital paulista. As ondas de calor, de acordo com os meteorologistas, têm sido cada vez mais frequentes, com impactos em diversas atividades da economia.

 

Reservatórios


Entre os principais impactos observados, especialistas ouvidos pelo diário conservador paulistano Folha de S. Paulo destacam o aumento dos custos com energia, pelo maior uso do ar-condicionado, a uma perda de eficiência do setor agrícola e da aviação. Na última sexta-feira, o ONS elevou a projeção de novembro para um crescimento de 11,0% frente a igual mês de 2022, a 79.780 megawatts médios (MWm), contra 10,6% estimados na semana anterior.

A autarquia também revisou para cima sua estimativa para as chuvas que deverão chegar às usinas hidrelétricas da região Sul em novembro, ao mesmo tempo em que reduziu a previsão para as afluências no Norte. Segundo boletim, as chuvas que deverão chegar aos reservatórios de usinas do Sul foram estimadas em 437% da média histórica em outubro, ante 384% previstos na semana anterior.

Para as demais regiões, a previsão é de afluências abaixo da média histórica, com 52% no Norte (ante 68%), 43% no Nordeste (ante 32%) e 88% no Sudeste/Centro-Oeste (ante 113% anteriormente). O nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, o principal para armazenamento das hidrelétricas, deve chegar a 66,3% ao final de novembro, um pouco abaixo dos 69,9% previstos na semana anterior.

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