Ondas de calor podem impactar a saúde de toda a população, em especial idosos, crianças, pessoas com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação, diabéticos, gestantes e população em situação de rua.

O evento climático atinge a porção oeste do território paulista e não vai alcançar a região metropolitana. Ainda segundo o alerta, outros quatro estados podem ser parcialmente atingidos. Mato Grosso e Goiás devem ficar atentos para uma faixa que alcança o sul dos dois Estados.

As regiões mais atingidas foram a Fronteira Oeste, a Região Sul, a Região Metropolitana e a do Centro do estado. No final da manhã os estragos ainda estavam sendo contabilizados pela Defesa Civil. Na Região Norte, apesar de mais fracos os ventos também fizeram estragos.

O calor no Estado ganha força a partir desta terça-feira, com máximas generalizadas acima de 30ºC. Os dias mais quentes devem ser a quarta e a quinta, quando as regiões Oeste, Centro e Metade Sul podem registrar até 40º. Porto Alegre pode ter máximas perto dos 37ºC.

As regiões mais atingidas são centro, leste, noroeste, sul e norte goiano; norte e noroeste de Minas Gerais, a região do Jequitinhonha, também em Minas; o Distrito Federal; o centro-sul, Vale São-Franciscano e extremo oeste da Bahia.

Para esta sexta-feira, o forte calor também é esperado na área que abrange a maior parte do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil e em áreas das regiões Norte e Nordeste, com temperaturas máximas que podem superar 40°C nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Bahia e no interior de São Paulo.

A cor laranja é do aviso intermediário de uma escala de riscos que varia de amarelo ao vermelho. Esta sinalização indica situação meteorológica perigosa, quando as pessoas devem se manter vigilantes e informadas regularmente sobre as condições meteorológicas previstas.

O quadro tende a se agravar, em face da situação já complicada no sul do país, que vem enfrentando "problemas graves devido a chuvas nos últimos dias", prevê o Inmet, em alerta emitido para  17 Estados.

De acordo com a meteorologista, a configuração de baixas pressões, característica dessa época do ano, está funcionando em grande parte do país. No entanto, em médios níveis da atmosfera, existe uma circulação de alta pressão que impede o desenvolvimento das nuvens de chuva.

O órgão emitiu na sexta-feira o alerta de “grande perigo” de incêndios florestais, o que significa que as temperaturas ficam acima da média para o período por ao menos cinco dias. Ao todo, 1.138 municípios devem ser castigados por altas temperaturas.

Mesmo em locais que costumam apresentar tempo quente com mais frequência e intensidade, o clima deve supreender. A MetSul projeta temperaturas máximas "muito fora do comum, com marcas 10ºC a 15ºC acima da climatologia histórica em algumas tardes".

Na segunda semana do mês, por exemplo, a carga do SIN (sistema interligado nacional) bateu 73,5 mil MW (megawatts) médios, já um recorde para o mês de setembro —o maior valor anterior havia sido registrado na última semana de setembro de 2021: 71 mil MW médios.

Para esta terça-feira, é esperado que a temperatura varie entre 36°C e 18°C, com ventos fracos e sem nebulosidade. A quarta-feira deve seguir o mesmo padrão, atingindo a máxima de 35°C e mínima de 17°C, com céu limpo e sem previsão de chuva.

A massa de ar quente ficará concentrada entre o Paraguai e o Centro-Oeste brasileiro. Por isso, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrarão as maiores temperaturas no período. A estimativa é de que os termômetros marquem de 40°C a 45°C nas regiões.

De acordo com o Informativo Meteorológico n°33/2023 do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até a próxima segunda-feira, praticamente em toda a Região Centro-Oeste uma massa de ar quente e seco permanecerá e deixará o tempo estável e sem chuvas.

As temperaturas ainda sobem até lá: a Sicília, no sul, pode voltar a registrar 40ºC, enquanto o norte e as regiões litorâneas devem ter sensação de abafamento. Entre quinta e sexta-feira, o vórtice ciclônico chega pelo norte e deve causar temporais, fortes rajadas de vento e chuvas de granizo.

Uma onda de calor intensificada atingiu o sul da Europa durante o pico da temporada turística de verão, quebrando recordes inclusive em Roma e trazendo alertas sobre o aumento do risco de mortes e ataques cardíacos.

Temperaturas muito acima dos 40ºC são registradas em regiões do sul da Europa, como Itália, Espanha e Grécia, mas também nos Estados Unidos e na China.

Roma, capital do país, deve quebrar recorde, atingindo entre 40 e 41ºC nesta segunda-feira e entre 42 e 43ºC na terça. O maior registro já anotado na cidade é de 38ºC, durante uma onda de calor em 2003.

Alertas de insolação foram emitidos para Tóquio, bem como para as províncias de Saitama, Chiba e Ibaraki pela primeira vez neste verão, em meio a temperaturas escaldantes nas regiões de Kanto e Koshin.