Só no ano de 2015, quando ocorreram os episódios conhecidos como chacinas de Osasco e de Barueri e Pavilhão 9, foram registrados ao menos 15 desses casos entre janeiro e outubro, em todo o Estado.

O revide veio por meio de uma ação desproporcional e covarde, cometida por policiais militares, que envolveu a execução de oito dos jovens sem teto. As vítimas tinham entre 11 e 19 anos de idade. 

Segundo o estudo, houve 250 ações e operações policiais que terminaram com três ou mais mortos. A organização concluiu que três das operações policiais mais letais da história do Rio de Janeiro aconteceram em um intervalo inferior a dois anos, todas durante o governo de Cláudio Castro (PL). 

O pagamento foi, inicialmente, determinado pela Lei 3.421/2000, que prevê a concessão de até três salários mínimos às vítimas. O texto prevê, ainda, que a pensão seja paga ao cônjuge, companheiro ou ao parente mais idoso, ascendente, descendente e colateral até segundo grau. 

O levantamento da organização revela que ações de rotina e operações policiais aumentaram 7% neste período, inclusive com crescimento do número de mortes por armas de fogo nessas ações, totalizando 19%.

Levantamento da Fundação Perseu Abramo mostra que de 242 casos em três anos, 34% estão relacionados a essas políticas adotadas pelo governo, que alimentam as facções e o tráfico.

No Rio de Janeiro, o primeiro trimestre de 2019 teve o maior número de mortes cometidas por policiais desde 1998.