A Polônia acompanha com preocupação os exercícios militares de Belarus, reforçados pela presença de mercenários do grupo russo Wagner, que foram embora de Moscou após o fracassado motim.

Moscou reagirá a qualquer agressão contra Belarus, que forma uma "União de Estado" livre com a Rússia, "com todos os meios à nossa disposição", disse Putin em uma reunião de seu Conselho de Segurança em comentários televisionados.

O motim do Wagner, durante o qual o grupo assumiu o controle de um importante quartel-general militar no sul da Rússia e depois marchou em direção a Moscou, poderia ter levado a Rússia a uma guerra civil, segundo o presidente Vladimir Putin.

A mobilização é o primeiro movimento de Moscou de tais ogivas, armas nucleares menos potentes de curto alcance que poderiam ser usadas no campo de batalha,fora da Rússia desde a queda da União Soviética.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, disse que as medidas adotadas “cumprem todas as obrigações legais internacionais existentes”. Segundo ele, o Ocidente está travando uma “guerra não declarada contra Rússia e Belarus”.

Em 2021, oposicionista Roman Protasevich foi detido pelo regime de Alexander Lukashenko após o voo no qual viajava ser forçado a pousar em Minsk, em episódio que provocou escândalo na Europa.

Não só para a Rússia são deportados menores das áreas ucranianas ocupadas por Moscou. Minsk estaria igualmente os transportando para suposto "descanso" em seu território, denuncia oposicionista belarusso.

A Ucrânia tem liderado um apelo para banir atletas russos e bielorrussos dos Jogos Olímpicos de Paris depois que o Comitê Olímpico Internacional (COI) disse em janeiro que está aberto a incluí-los como neutros.

A Polônia disse na quinta, citando preocupações de segurança, que fecharia uma importante passagem de fronteira para Belarus em Bobrowniki, a partir das 12h de sexta-feira, piorando as relações já hostis entre os dois países.

As relações já abaladas entre Polônia e Belarus ficaram ainda mais tensas na quarta-feira, quando um jornalista de origem polonesa foi condenado a oito anos de prisão por um tribunal bielorrusso em um julgamento que Varsóvia diz ter motivação política.

Na semana passada, no entanto, o COI disse que o Conselho Olímpico da Ásia havia oferecido aos atletas russos e bielorrussos a chance de competir na Ásia, atraindo protestos da Ucrânia, que pediu o banimento dos esportistas russos devido à invasão da Rússia.

A Ucrânia alertou repetidamente que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pode tentar usar Belarus como base para uma nova invasão terrestre da Ucrânia pelo norte, uma medida que abriria uma nova frente importante na guerra.

Nesta quinta-feira o Ministério da Defesa de Belarus comunicou que as forças de defesa antiaérea do país interceptaram um projétil, e que os destroços caíram na região de Brest, não havendo relatos de vítimas.

Segundo nota assinada pelo chefe do Departamento de Cooperação Militar Internacional da pasta, Viktor Khrenin, já são cerca de 170 tanques, 200 veículos de combate e 100 canhões e morteiros que serão usados no "grupo regional de forças".

Segundo organizadores, prêmio deste ano quis honrar ativistas da democracia e da coexistência pacífica nos três países vizinhos. O comitê do Nobel norueguês pediu a libertação de Bialiatski, que está preso desde 2021 em Belarus.

O que começou como uma controvérsia sobre a entrada de Tsimanouskaya no revezamento 4x400m causou uma deserção que se tornou uma das maiores histórias dos Jogos e destacou a pressão que os atletas bielorrussos enfrentam por desafiar a autoridade.

Segundo o Ministério da Defesa russo, um cessar-fogo temporário entrou em vigor às 10h da manhã (4h em Brasília) para permitir a retirada de civis de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy, as duas últimas contam com duas vias de evacuação cada.

Exclusão ocorre após vários países ameaçarem boicotar o evento. Rússia condena decisão. China nega ter pedido a Moscou para iniciar invasão à Ucrânia após o fim dos Jogos de Inverno.

A confirmação da reunião aconteceu neste domingo onde a Ucrânia confirmou que participará de negociações de paz com a Rússia em uma área próxima à fronteira com Belarus, em Pripyat. O novo encontro foi confirmado após um telefonema entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Aleksandr Lukashenko.

A série de treinamentos concentrados na fronteira entre os dois países começou no dia 10 e terminaria neste domingo. Mas os presidentes de ambas as nações devem dar continuidade às operações.