A aeronave desaparecida fazia parte do registro estatal russo de aeronaves civis, relatou, por sua parte, a Agência Federal dos Transportes Aéreos da Rússia (Rosaviatsiya).

Cercado por montanhas, o Afeganistão tem um histórico de fortes terremotos, muitos deles na região acidentada de Hindu Kush, na fronteira com o Paquistão. A província de Herat faz fronteira com o Irã, que disse que enviaria ajuda humanitária.

A administração do Talebã disse que há pelo menos 2,4 mil mortos e muitas outras pessoas feridas devido ao terremoto, que está entre os mais letais do mundo este ano depois dos tremores na Turquia e na Síria, nos quais cerca de 50 mil pessoas morreram.

O epicentro do terremoto foi a 40 quilômetros do local, e foram sentidos tremores secundários.

Os grupos mais visados pelos talebãs têm sido antigos membros do Exército, da polícia e dos serviços de informação do país, de acordo com a Missão de Assistência das Nações Unidas (Unama) no Afeganistão.

A retomada do controle político pelo grupo conservador no Afeganistão só foi possível depois da retirada dos militares norte-americanos do país e da fuga do ex-presidente Ashraf Ghani para os Emirados Árabes Unidos.

A primeira execução pública do atual governo talebã no Afeganistão ocorreu em dezembro, na província de Farah, no Oeste do país. As execuções públicas eram comuns durante o primeiro regime talebã, entre 1996 e 2001.

O planejamento do ataque detalhado nos relatórios da inteligência norte-americana foi vazado na plataforma de mensagens Discord e obtido pelo WP. Os documentos revelam esforços específicos para atingir embaixadas, igrejas, centros comerciais e o torneio de futebol da Copa do Mundo da FIFA.

O epicentro foi na cidade de Jurm, no nordeste do Afeganistão, perto da fronteira com o Paquistão e o Tajiquistão, às 21h30 no horário de Cabul (14h30 em Brasília).

Khalid Zadran, porta-voz da polícia de Cabul, confirmou o acontecimento e apontou que "infelizmente resultou em vítimas". Ele acrescentou que várias equipes de segurança já chegaram no local da explosão.

Após o Talebã proibir mulheres de trabalhar para ONGs, organizações humanitárias alemãs interromperam seus trabalhos em solo afegão, e governo do país europeu também sinaliza reação.

Conselho de Segurança das Nações Unidas pede revogação imediata de medidas do Talebã que proíbem mulheres de trabalhar em ONGs e frequentar universidades e banem meninas da escola.

"Milhões de afegãos precisam de assistência humanitária e a remoção de barreiras é vital", disse a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) no comunicado, acrescentando que seu chefe interino e coordenador humanitário.

Em uma carta enviada a todas as instituições de ensino do país, o ministro da Educação, Neda Mohammad Nadim, afirmou que a regra valerá "até nova ordem" e que todos "devem aplicar a ordem de suspensão".

Atentado suicida a bomba ocorreu quando alunos se prepararam para fazer uma prova. Nenhum grupo terrorista reivindicou autoria de imediato. Região de Cabul é alvo constante do Estado Islâmico.

A quantidade de atentados no Afeganistão diminuiu desde que o grupo fundamentalista Talebã voltou ao poder, mas alguns ataques, principalmente contra comunidades minoritárias, abalaram a nação nos últimos meses.

O abalo sísmico ocorreu na noite de terça-feira, e o balanço de vítimas tende a se agravar nas próximas horas, já que socorristas ainda buscam corpos nos escombros de prédios destruídos. A região mais atingida é a província montanhosa de Paktika.

A medida ocorre dias depois que as autoridades ordenaram que as mulheres cubram seus rostos em público, um retorno a uma política do antigo regime linha-dura do Talebã e uma escalada de restrições que provocam críticas dentro do país e no exterior.

De acordo com o decreto d chefe de Estado, a imposição da burca é motivada pelo fato de que "é tradicional e respeitosa. As mulheres que não são nem muito jovens nem muito velhas devem cobrir o rosto diante de um homem que não seja da sua família", para evitar provocações.

O bairro onde as explosões aconteceram possui muitos moradores que são da minoria étnica hazara, que é perseguida pelo grupo fundamentalista islâmico Talebã. A comunidade representa entre 10% e 20% da população de 38 milhões de pessoas do Afeganistão.