O magistrado avalizou, ainda, a posição da Procuradoria-Geral da República e determinou que o YouTube mantenha no ar um vídeo que registra a agressão. O prazo para conclusão do inquérito é de 60 dias.
12h02 - de Brasília
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concordou com a abertura de inquérito para investigar o deputado Washington Quaquá (PT-RJ) por ter agredido com um tapa o seu colega Messias Donato (Republicanos-ES). A decisão foi publicada nesta terça-feira, no Diário Oficial do Judiciário (D.O.J).
O magistrado avalizou, ainda, a posição da Procuradoria-Geral da República e determinou que o YouTube mantenha no ar um vídeo que registra a agressão. O prazo para conclusão do inquérito é de 60 dias.
Na etapa seguinte, a Polícia Federal (PF) precisará apresentar um relatório sobre a denúncia. Na sequência, a PGR decide se apresenta ou não denúncia contra Quaquá com base nas conclusões da investigação.
“As diligências requeridas mostram-se necessárias para elucidar as condutas descritas no pedido de instauração do caderno investigatório, motivo pelo qual devem ser deferidas de imediato”, escreveu Zanin.
Sessão solene
O episódio ocorreu durante a sessão solene de promulgação da reforma tributária no Plenário da Câmara, em dezembro. Logo após a briga, Quaquá disse à revista CartaCapital que a confusão ocorreu após ser chamado de “ladrão” pelo deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG).
Quaquá também afirmou não tolerar o comportamento de bolsonaristas contra Lula.
— Se me agredir, eu agrido eles. Os bolsonaristas estão acostumados a querer dar uma de machão e bater nos outros. Comigo a porrada canta — afirmou o parlamentar petista.
Os vídeos que circularam à época nas redes sociais mostram um tumulto no plenário da Câmara e o deputado petista indo para cima de Donato.