Rio de Janeiro, 14 de Outubro de 2024

Veneza: Cinema brasileiro volta brilhar em festivais internacionais

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Domingo, 25 de Agosto de 2024 às 15:56, por: CdB

O carro-chefe da participação do Brasil na mostra é o novo filme de Walter Salles, ‘Ainda estou aqui’, que conta a história verídica de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, perseguido, sequestrado e morto pela ditadura militar.

Por Redação, com Ansa – de Veneza, Itália

O cinema brasileiro é um dos destaques do 81º Festival de Veneza, entre 28 de agosto e 7 de setembro, com uma participação abrangente que vai desde a disputa pelo Leão de Ouro até a seção de realidade virtual, reafirmando-se após as dificuldades da era Bolsonaro.

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A história do ex-deputado Rubens Paiva, torturado e morto na ditadura militar, lidera a presença brasileira no Festival de Veneza

O carro-chefe da participação do Brasil na mostra é o novo filme de Walter Salles, ‘Ainda estou aqui’, que conta a história verídica de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, perseguido, sequestrado e morto pela ditadura militar.

O elenco brasileiro em Veneza ainda inclui o curta-metragem ‘Minha mãe é uma vaca’, obra de Moara Passoni ambientada no Pantanal, na seção Horizontes Curtas; ‘Apocalipse nos trópicos’, documentário de Petra Costa sobre o elo entre bolsonarismo e fundamentalismo religioso, na seleção Fora de Concurso; ‘A hora e a vez de Augusto Matraga’, adaptação de Roberto Santos para a novela de Guimarães Rosa, na mostra Veneza Clássicos; e a animação em realidade virtual ’40 dias sem o sol’, de João Carlos Furia, na seção “Veneza Imersiva”.

 

Prêmios

Além disso, o cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho (‘Aquarius’ e ‘Bacurau’) integra o júri que escolherá os vencedores dos principais prêmios do festival, incluindo o Leão de Ouro.

Para Cao Quintas, professor de cinema e audiovisual na ESPM e sócio da produtora Latina Estudio, essa presença significativa em Veneza é um símbolo da retomada dos incentivos à produção cultural no Brasil após o “desmonte” das políticas de fomento durante o governo de Jair Bolsonaro, que havia extinguido o Ministério da Cultura.

— As pessoas têm interesse em conteúdo brasileiro, e as produtoras estão começando a trilhar um caminho exitoso em festivais e mercados internacionais. E Veneza vem coroar essas novas possibilidades para o cinema brasileiro — resumiu o docente à agência italiana de notícias Ansa.

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