União Africana suspende Níger, um mês após golpe de Estado

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Publicado Terça, 22 de Agosto de 2023 às 11:39, por: CdB

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) tem tentado negociar com a junta, mas diz que está pronta para enviar tropas ao Níger para restaurar a ordem constitucional se os esforços diplomáticos falharem.


Por Redação, com ABr - de Johanesburgo


A União Africana (UA) suspendeu o Níger de todas as suas atividades após o golpe militar e disse a seus membros para evitar qualquer ação que possa legitimar a junta.




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General Abdourahmane Tiani em Niamei

O golpe do mês passado causou alarme entre os aliados ocidentais e os Estados democráticos africanos que temem que isso possa permitir que grupos islâmicos ativos na região do Sahel expandam seu alcance e dê à Rússia um ponto de apoio para aumentar sua influência.


A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) tem tentado negociar com a junta, mas diz que está pronta para enviar tropas ao Níger para restaurar a ordem constitucional se os esforços diplomáticos falharem.


O Conselho de Paz e Segurança da UA disse em um comunicado nesta terça-feira que estava ciente da decisão de ativar uma força de espera da Cedeao e pediu à Comissão da UA que avaliasse as implicações econômicas, sociais e de segurança do envio de tal força.



Os líderes do golpe


As resoluções da declaração desta terça-feira foram adotadas em uma reunião do conselho realizada em 14 de agosto, afirmou, reiterando os apelos para que os líderes do golpe libertem imediatamente o presidente eleito Mohamed Bazoum, que está detido desde o golpe, e retornem aos seus quartéis.


Até agora, os líderes do golpe resistem à pressão para renunciar e propuseram um cronograma de três anos para organizar as eleições, um plano que a Cedeao disse ter rejeitado na segunda-feira.


A UA também disse que rejeitou veementemente qualquer interferência externa na situação por qualquer ator ou país fora da África, incluindo engajamentos de empresas militares privadas, uma provável referência ao grupo mercenário russo Wagner, que atua no vizinho Mali.






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