Traição em massa: o triste fim que aguarda o ‘picolé de chuchu’

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Publicado Segunda, 01 de Outubro de 2018 às 09:31, por: CdB

Ex-governador paulistano, Alckmin evita comentar, mas já estaria ciente da traição em massa que se avizinha, nas próximas horas.

 
Por Redação - de São Paulo
  Uma vez confirmados os prognósticos trazidos ao público nas pesquisas de opinião, com a vitória do petista Fernando Haddad em um possível segundo turno com o representante fascista Jair Bolsonaro (PSL), restará ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin uma montanha de processos judiciais a enfrentar. Sem reagir na preferência do eleitor, Alckmin — ou ‘picolé de chuchu’ como é conhecido, nacionalmente — assiste impávido à debandada de supostos aliados, ainda na primeira etapa das eleições.
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Candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, e largado à própria sorte pela maioria dos tucanos
Enquanto Alckmin se defende das acusações de desvio de recursos públicos, entre outras imputações lavradas no Ministério Público, o PSDB prepara-se para voltar à mesa de negociações políticas no segundo turno das eleições. Ex-governador paulistano, Alckmin evita comentar, mas já estaria ciente da traição em massa que se avizinha, nas próximas horas. Sem muito alarde, a maioria dos líderes tucanos apontam para o apoio a Bolsonaro, a exemplo de João Doria, em São Paulo, e Aécio Neves e Antonio Anastasia, em Minas Gerais, apenas para citar os mais relevantes. Para o jornalista Raymundo Costa, na coluna que mantém em um jornal diário, especializado em economia, a campanha de Geraldo Alckmin “está com infiltração bolsonarista no telhado e nas paredes”.

Oposição

"O PSDB histórico não vai apoiar o candidato do PSL, apesar da ampla infiltração bolsonarista, devido a oposição dele em relação a bandeiras caras ao partido, como a defesa do direitos humanos e das minorias, só para citar dois exemplos. A matriz autoritária da candidatura de Bolsonaro também assusta”, afirmou. “Haddad é um nome simpático a setores do PSDB, como Fernando Henrique Cardoso. Mas o que se espera é que nem ele avance nessa direção. Apoiar o PT, partido com o qual os tucanos fizeram contraponto nos últimos 24 anos, seria a negação de tudo o que fez o PSDB desde que virou oposição. “Além disso, depois de muito relutar, a campanha de Alckmin também adotou um tom mais agressivo em relação a candidatura de Haddad nos últimos dias, o que só dificulta qualquer conversa”, acrescenta. ”É o ocaso do partido que foi social-democrata em sua fundação, em 1988, e migrou cada vez mais para a direita, a partir da Presidência de FHC (1995-2002). Ou, nas palavras cruas do tucano histórico Arthur Virgílio, prefeito de Manaus: ‘O PSDB acabou".

‘Trensalão’

“A aparente neutralidade mal esconde a adesão cada vez maior a Bolsonaro. A campanha de Alckmin equilibra-se nos ataques ao candidato fascista e nas agressões cada vez mais contundentes ao PT e a Haddad”, pontua. Encerrado o primeiro turno, começam a contar os prazos para que Alckmin responda aos processos, já na primeira instância, uma vez que perdeu o foro privilegiado e será considerado réu comum, perante as barras dos tribunais. Entre outras ações a que responde, está o processo conhecido como ‘trensalão’, uma odisséia criminosa que ocorreu na construção de linhas do metrô paulistano.
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