Thiagus Petrus revela injúrias racistas contra seleção de handebol na Argentina

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Publicado Quarta, 24 de Janeiro de 2024 às 13:26, por: CdB

O jogador chegou a compartilhar uma das mensagens que recebeu com injúrias racistas, na qual se lê “mono (macaco), macacooooo da seleva. Voltem para lá, macaco de m...”. junto a emojis de gorila. Petrus omitiu a identidade do perfil argentino na rede social. 


Por Redação, com ABr e ANSA - de Brasília/Roma


Três dias após a seleção brasileira masculina handebol derrotar a Argentina em Buenos Aires e conquistar o título do Torneio Sul-Centro Americano, em Buenos Aires, Thiagus Petrus, capitão da equipe, revelou que o time foi alvo de ataques racistas (bananas arremessadas em quadra) ao final da partida e, ele próprio, recebeu ofensas racistas em mensagens publicadas por argentinos em sua conta pessoal no Instagram.  




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Ele e equipe foram alvejados com bananas após vencerem torneio

– No final do último jogo, foram jogadas três bananas na quadra que eu vi, podem ser que tivesse mais alguma. Se isso não fosse suficiente, receber mensagens discriminatórias e coloco apenas uma delas que recebi. Difícil estar feliz com esse tipo de situação, mas certo de que estou no caminho certo se a minoria racista fica incomodada com o meu trabalho e dos meus companheiros! – publicou o atleta de 34 anos.


O jogador chegou a compartilhar uma das mensagens que recebeu com injúrias racistas, na qual se lê “mono (macaco), macacooooo da seleva. Voltem para lá, macaco de m...”. junto a emojis de gorila. Petrus omitiu a identidade do perfil argentino na rede social. 


Logo após o desabafo de Petrus, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) publicou nota no X (antigo Twitter), repudiando e condenando as manifestações racistas denunciadas pelo atleta


– Não há espaço para preconceito e é absurdo que, em 2024, ainda sejam vistos casos de discriminação e injúria no esporte ou em qualquer esfera da sociedade. O COB ressalta que este tipo de violência não deve ser tolerada e pede que as autoridades competentes investiguem e ajam de acordo com a gravidade do caso. Racismo é crime. Combatê-lo diariamente é dever de todos nós.


Mais de seis horas após a denúncia feita pelo capitão da seleção, a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) também repudiou os atos racistas em Buenos Aires e afirmou por meio de nota oficial que “está oficializando a Confederação Sul Centro Americana de Handebol (Coscabal), organizadora da competição, e a Federação Internacional de Handebol (IHF), como órgão máximo da modalidade no mundo, para que tomem as devidas providências no sentido de coibir estes graves atos. Não podemos permitir que episódios deste tipo se repitam. A Confederação exige enérgicas providências das entidades envolvidas para que esse tipo de situação não fique impune”.



Polícia identifica mais quatro torcedores que insultaram Maignan


A polícia italiana identificou mais quatro torcedores da Udinese que cometeram insultos racistas contra o goleiro Mike Maignan, do Milan, durante uma partida válida pela Série A.


Os nomes das pessoas que atacaram o jogador francês não foram revelados, mas seriam três homens e uma mulher, todos moradores da província de Údine.


As autoridades locais proibiram a entrada de todos eles em estádios de futebol pelos próximos cinco anos, mas o clube friulano anunciou que os responsáveis nunca mais poderão entrar no Bluenergy Stadium.


Ao todo, as forças de ordem identificaram cinco fãs da Udinese que proferiram inúmeros insultos racistas a Maignan durante o jogo contra o Milan.


As investigações vão prosseguir nos próximos dias, mas a polícia acredita que todos os autores das injúrias já foram identificados.




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