Temer defende o ‘diálogo permanente’ para conter crise entre Poderes

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Publicado Quarta, 27 de Abril de 2022 às 12:33, por: CdB

Temer encontra-se em Nova York, onde realiza uma palestra para investidores estrangeiros interessados em entender o cenário político do Brasil. Anteriormente, Temer divulgou nota na qual sugeria que Bolsonaro revogasse o decreto em favor de Daniel Silveira e esperasse o fim do trâmite legal sobre o processo para, aí sim, editar novamente o indulto.

Por Redação - do Rio de Janeiro
Ex-presidente de facto, Michel Temer defende o "diálogo permanente" como única solução para pacificar a relação entre os Poderes Executivo e Judiciário, abalada pela crise gerada pelo indulto concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).
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Ex-presidente de facto, Michel Temer sugere a Bolsonaro que suspenda o indulto ao deputado Daniel Silveira (PSL-RJ)
— Precisa de diálogo, porque a harmonia entre os Poderes também se faz mediante diálogo constante. Neste momento, o Executivo e Judiciário têm que dialogar e não podem se afastar um do outro. É o diálogo que resolve. Não há outra solução para encontrar uma solução comum. Temos instituições sólidas — afirmou Temer ao diário conservador carioca O Globo, nesta quarta-feira. Temer encontra-se em Nova York, onde realiza uma palestra para investidores estrangeiros interessados em entender o cenário político do Brasil. Anteriormente, Temer divulgou nota na qual sugeria que Bolsonaro revogasse o decreto em favor de Daniel Silveira e esperasse o fim do trâmite legal sobre o processo para, aí sim, editar novamente o indulto. A resposta foi um sonoro: “Não".

Trâmite

O ocupante do Palácio do Planalto após o golpe jurídico-midiático ocorrido em 2016 reconhece que Bolsonaro tem "competência constitucional" para conceder o indulto a Silveira, mas afirma que o presidente deveria editar esse decreto em outro momento para manter a "harmonia das instituições". — Acabei lançando uma nota porque me instaram muito a fazer uma manifestação. Eu disse que, para a harmonia das instituições, o presidente deveria revogar esse decreto (do perdão a Daniel Silveira), aguardar o trânsito em julgado e depois, se for o caso, exercer a sua competência constitucional. Porque o presidente tem competência para decretar induto — concluiu.
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