Durov não explica o que a nova versão tem de revolucionária. Na verdade, o texto que o empresário publicou nesta semana, usando o próprio Telegram, serve para criticar abertamente o que ele chama de "monopólios da tecnologia".
Por Redação, com Tecnoblog - de Moscou
Não é novidade que a App Store tem um processo de revisão de aplicativos rigoroso. Mas, para Pavel Durov, fundador e CEO do Telegram, esse processo é rigoroso demais. Ele reclama que a próxima versão do app, que irá "revolucionar a forma como as pessoas se expressam em mensagens", só não foi liberada ainda por ter ficado "presa" na Apple por duas semanas.Pavel Durov também afirma que esse prejuízo se soma à taxa de 30% que Apple e Google cobram em compras realizadas dentro de aplicativos distribuídos em suas lojas.
Na mesma mensagem, Durov reconhece que a União Europeia e outros países estão investigando essas lojas, mas afirma que "os danos econômicos infligidos pela Apple na indústria de tecnologia não serão recuperados".
Não é a primeira crítica
O CEO do Telegram tem um histórico de atritos contra a Apple. Em maio de 2018, por exemplo, Durov reclamou que a companhia deixou de atualizar o aplicativo após o governo da Rússia determinar o bloqueio do Telegram.
Na ocasião, o governo russo pediu ajuda da Apple para bloquear o app, mas a companhia foi além: em vez de restringir o acesso ao Telegram somente no Rússia, o fez no mundo todo. O aplicativo não chegou a ser removido da loja, mas ficou algumas semanas sem ser atualizado. O problema foi resolvido alguns dias depois da crítica.
Em meados de 2020, Durov voltou a reclamar da Apple. Ele criticou a famigerada taxa de 30% da App Store e as políticas da loja que, naquela época, fizeram o aplicativo do Telegram ficar dias sem atualização. A novela se repete agora.
Apple e Telegram foram procuradas pelo The Verge para comentar o caso mais recente, mas não deram retorno.