Publicado Quinta, 30 de Junho de 2022 às 11:35, por: CdB
Após o pedido de demissão do ministro, Lúcia mandou o caso para a Primeira Instância. A Corte deve decidir sobre a continuidade da investigação na base do sistema legal, ou a divisão do processo. O Tribunal já recebeu quatro pedidos de investigação do caso. Todos foram enviados para manifestação da PGR.
Por Redação - de Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) decretou, nesta quinta-feira, o segredo de Justiça ao inquérito que apura a possível interferência de Jair Bolsonaro (PL) nas investigações que resultaram na prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, suspeito de comandar um esquema de corrupção e tráfico de influência na pasta. O caso tem como relatora a ministra Cármen Lúcia.
Ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro é alvo de inquérito sigiloso no STF
O inquérito foi remetido ao STF na semana passada pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília, em função de Bolsonaro possuir foro privilegiado e ter sido citado durante a apuração. A ministra era a relatora do inquérito sobre a existência de um gabinete paralelo formado por pastores que atuavam na intermediação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mediante o recebimento de propinas.
Gravidade
Após o pedido de demissão do ministro, Lúcia mandou o caso para a Primeira Instância. A Corte deve decidir sobre a continuidade da investigação na base do sistema legal, ou a divisão do processo. O Tribunal já recebeu quatro pedidos de investigação do caso. Todos foram enviados para manifestação da PGR.
Cármen Lúcia também enviou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) um novo pedido de investigação apresentado por parlamentares sobre interferência de Jair Bolsonaro (PL) em investigação sobre o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Neste pedido, apresentado pela bancada do PT, a ministra cita “quadro de gravidade incontestável”.
Procurado, o presidente não se manifestou.