Setor público de energia estimula produção do biometano

Arquivado em:
Publicado Quarta, 23 de Fevereiro de 2022 às 12:17, por: CdB

Entre outros fatores revisados nas alternativas propostas, uma das principais será a criação de mecanismos para o estabelecimento de um crédito de metano intercambiável no mercado de carbono; além de linhas de financiamento mais favoráveis e isonomia tributária entre os Estados.

Por Redação - de Brasília Os organismos de governo do setor de pesquisa energética prepara a publicação de um decreto para estimular a produção de biometano. A medida, prevista para o início do próximo mês, ajudará o país a cumprir as metas de redução de carbono na atmosfera, firmadas na COP-26, segundo confirmaram fontes do setor à reportagem do Correio do Brasil.
biometano.jpg
A produção de biometano tende a crescer, se houver apoio à geração deste modelo energético
Entre outros fatores revisados nas alternativas propostas, uma das principais será a criação de mecanismos para o estabelecimento de um crédito de metano intercambiável no mercado de carbono; além de linhas de financiamento mais favoráveis e isonomia tributária entre os Estados. Desde a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Glasgow, na Escócia, o Brasil está comprometido a reduzir as emissões de metano em 30% até 2030.

Produção

Um dos objetivos principais do programa será a substituição do diesel na agropecuária, que gera 28% do metano jogado na atmosfera brasileira. O potencial do país para a geração de biometano vem dos resíduos urbanos (aterros sanitários) e rurais, especialmente de aves, suínos, açúcar e álcool. O recurso foi até chamado de "pré-sal rural" pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em referência às jazidas de petrolíferas no litoral. A gerente executiva da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), Tamar Roitman, em entrevista à mídia conservadora, nesta quarta-feira, afirmou que o Brasil tem condições de produzir 30 milhões de metros cúbicos de biometano por dia (m3/d) até 2030. Atualmente, no entanto, a produção é de apenas 400 mil m3/d. — Sem o decreto do governo, a projeção era de atingir 1 milhão de m3/d até 2025, mas agora esse volume deverá ser bem maior, dependendo de como virá o decreto. O ministro veio da COP querendo promover a descarbonização do agro, e ele já quer começar a tratar das metas e iniciativas que vão corresponder ao acordo assinado em Glasgow. Ele quer a descarbonização do agro via transporte, com a substituição do diesel por gás ou biometano — concluiu Roitman.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo