Secretaria de Saúde detecta aumento de bronquiolite no Rio

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Publicado Terça, 23 de Abril de 2024 às 12:03, por: CdB

A bronquiolite é a inflamação dos bronquíolos, pequenas vias aéreas que formam a parte final dos brônquios e levam oxigênio para os pulmões. É diferente da bronquite, que é a inflamação dos próprios brônquios.


Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro


A busca por internação por bronquiolite aumentou quase seis vezes em um mês no estado do Rio de Janeiro. Segundo o Centro de Inteligência em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), o número de solicitações por leitos aumentou de 16 pedidos na semana entre 10 e 16 de março para 94 na semana entre 7 e 13 de abril.




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Doença é mais comum em crianças até os 2 anos de idade

A bronquiolite é a inflamação dos bronquíolos, pequenas vias aéreas que formam a parte final dos brônquios e levam oxigênio para os pulmões. É diferente da bronquite, que é a inflamação dos próprios brônquios. A bronquiolite é mais comum em crianças menores, de até os 2 anos de vida, e pode se tornar grave em pouco tempo se não tratada corretamente. 


Os sintomas mais comuns são coriza; tosse leve; febre persistente, ou seja, de mais de três dias; respiração acelerada e com dificuldade e fadiga.


De acordo com a SES-RJ, ela pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza, parainfluenza e adenovírus, sendo o VSR o principal agente infeccioso da bronquiolite. Ainda não há vacina específica contra o VSR disponível para crianças. Mas a secretaria ressalta que a imunização contra a influenza, o vírus da gripe, está disponível e impacta positivamente na contenção desses casos, que seguem aumentando nas unidades de saúde.


Além de detectar o aumento de bronquiolite, a SES-RJ detectou o aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes por outras causas, passando de 228 para 366 também de março para abril.


Medidas


Diante dos aumentos registrados, a SES-RJ informa que cerca de 2,5 milhões de doses da vacina contra a gripe foram disponibilizadas aos 92 municípios fluminenses para serem aplicadas nas unidades de saúde.


A Campanha de Vacinação contra a Gripe começou em 25 de março e vai até o dia 31 de maio, tendo como meta atingir 90% de cobertura vacinal dos grupos prioritários, o que corresponde a 6,7 milhões de pessoas no estado do Rio de Janeiro. Até a última sexta-feira, 16,17% dos grupos prioritários haviam se vacinado. No ano passado, 45% se vacinaram. 


Os grupos prioritários são idosos, crianças de 6 meses a 5 anos de idade, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, mulheres até 45 dias pós-parto e trabalhadores da educação, entre outros públicos.


A SES-RJ alerta para que haja o cuidado com a hidratação e que os responsáveis procurem um médico para avaliar a administração de medicamentos.



Brasil confirma caso autóctone de cólera em Salvador


O Ministério da Saúde confirmou na último dia 19 um caso autóctone de cólera em Salvador, o que significa que o paciente contraiu a doença na própria cidade, sem viajar a outro lugar.


Em nota, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente informa que o caso foi detectado em um homem de 60 anos de idade que  apresentou um desconforto abdominal e diarreia aquosa, em março de 2024. Duas semanas antes ele havia feito uso de antibiótico para tratamento de outra patologia. Segundo exames laboratoriais, a bactéria causadora da doença foi Vibrio cholerae O1 Ogawa.


Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de um caso isolado, tendo em vista que não foram identificados outros registros, após a investigação epidemiológica realizada pelas equipes de saúde locais junto às pessoas que tiveram contato com o paciente. 


O período de transmissão da doença é de um a dez dias após a infecção. Entretanto, para as investigações epidemiológicas, no Brasil, está padronizado o período de até 20 dias por margem de segurança


Dessa forma, segundo a pasta, o paciente não transmite mais o agente etiológico desde o dia 10 de abril.



Últimos casos


No Brasil, os últimos casos autóctones de cólera ocorreram em Pernambuco nos anos de 2004 e 2005, com 21 e cinco casos confirmados, respectivamente. A partir de 2006, não houve casos de cólera autóctones, apenas importados, sendo um de Angola, notificado no Distrito Federal (2006); um proveniente da República Dominicana, em São Paulo (2011); um de Moçambique, no Rio Grande do Sul (2016); e um da Índia, no Rio Grande do Norte (2018).


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), de janeiro a março de 2024, 31 países registraram casos ou declararam surto de cólera. Seguindo a classificação da OMS, a região africana foi a mais afetada, com 18 países. Nas Américas há surtos declarados apenas no Haiti e na República Dominicana.


Diante do cenário de casos de cólera no mundo, o Ministério da Saúde destaca a necessidade de os profissionais de saúde estarem sensibilizados quanto à situação epidemiológica da doença, à detecção de casos, à investigação epidemiológica e às medidas de prevenção e controle.



Doença


A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou ingestão de água e alimentos contaminados. 


A maioria das pessoas infectadas permanece assintomática (aproximadamente 75%) e, daquelas que desenvolvem a doença, a maioria apresenta sintomas leves ou moderados, e apenas de 10% a 20% desenvolvem a forma severa, que, se não for tratada prontamente, pode levar a graves complicações e ao óbito.



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