No restante do país, a programação do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora é extensa e diversificada, com shows e protestos em mais de 30 municípios das cinco regiões do Brasil.
Por Redação, com BdF - de São Paulo
O ato de 1º de Maio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais, que aconteceu no estádio do Corinthians, o Itaquerão, na capital paulista, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); além de ministros e parlamentares, seguido pelo Festival Cultura e Direitos.
Entre as apresentações artísticas e culturais na concentração estavam Paula Lima, Dexter, Afro-X, Pagode dos Meninos e a Bateria Show da Gaviões da Fiel, com área reservada para recreação infantil e prestação de serviços.
No restante do país, a programação do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora é extensa e diversificada, com shows e protestos em mais de 30 municípios das cinco regiões do Brasil.
Reivindicações
Neste ano, o tema do 1º de Maio das centrais sindicais é “Por um Brasil mais Justo”, com foco no emprego decente, na correção da tabela do imposto de Renda, na redução dos juros e na valorização dos servidores públicos.
Os atos políticos nacional do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora em todo o país são organizados pela CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
Reforma
Este 1º de Maio é marcado pela Reforma Trabalhista de 2017 combinada com os quatro anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que reduziram a quantidade de trabalhadores do país filiados a sindicatos ao menor número da história. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao final de 2022, pela primeira vez, o Brasil fechou o ano com menos de 10 milhões de sindicalizados – 9,1 milhões, exatamente – e também com menos de 10% de empregados associados a uma entidade de classe – 9,2%. Em 2021, o número era de 10,6 milhões de filiados, o que correspondia a 11,2% da população ocupada. Já em 2012 –ou seja, dez anos antes –, o Brasil tinha 14,4 milhões de trabalhadores sindicalizados, os quais representavam 16,1% dos ocupados.
Esses dados foram levantados pelo IBGE durante a realização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Foram divulgados em setembro do ano passado e, até o momento, são o retrato mais atual de um movimento que vem sendo monitorado há anos por lideranças sindicais e pesquisadores, mas que se intensificou devido a mudanças na legislação trabalhista e à crise econômica enfrentada na gestão bolsonarista.
— Chegamos ao fundo do poço”, admitiu Ricardo Patah, presidente da central União Geral dos Trabalhadores (UGT) e também do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, um dos maiores do país, em entrevista ao Brasil de Fato. “Enfrentamos uma convulsão da estrutura sindical, e o trabalhador acabou não vendo mais sentido a sua filiação — concluiu.