Repasses do governo para os senadores amigos ficam mais caros aos brasileiros

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Publicado Sexta, 18 de Junho de 2021 às 13:28, por: CdB

O líder do governo Bolsonaro no Senado e integrante da tropa de choque governista na CPI, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), é citado como um dos políticos com maior volume de repasses, ao receber R$ 153,8 milhões em verbas federais.

Por Redação - de Brasília

O preço cobrado por parlamentares do chamado ‘Centrão’ está mais alto, dia após dia, para defender o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, em curso no Senado. Levantamento realizado por um site de notícias de ultradireita mostra que, até agora, já foram liberados R$ 660 milhões para obras e projetos de sete parlamentares - titulares e suplentes - que integram a comissão. Trata-se, no entanto, de recurso público, pago por todos os brasileiros.

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O senador Fernando Bezerra Coelho é um dos alvos da operação da Polícia Federal e já recebeu mais de R$ 150 milhões em emendas parlamentares

O líder do governo Bolsonaro no Senado e integrante da tropa de choque governista na CPI, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), é citado como um dos políticos com maior volume de repasses, ao receber R$ 153,8 milhões em verbas federais. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) teria recebido R$ 127 milhões. Ciro Nogueira (PP-PI) é apontado como beneficiário de recursos que somam R$ 135 milhões. Luiz Carlos Heinze (PP-RS) pegou R$ 165,9 milhões e Jorginho Mello (PL-SC), R$ 35 milhões.

Secom

Um sexto do valor liberado foi originário de emendas individuais ou de bancada. O restante, em repasses por meio do chamado “Orçamento Paralelo”, que o governo vem utilizando para garantir apoio junto ao Congresso, conforme denúncia do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP). Essa fonte seria a origem de repasses que somam R$ 550 milhões. O dinheiro tem saído, principalmente, dos ministérios do Turismo, da Agricultura, da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional.

Bolsonaro também tem usado recursos destinados à propaganda de seu governo para beneficiar os amigos. O apresentador da Rede TV, parceiro do presidente, recebeu, em recursos do governo federal, R$ 120 mil em cachê para a defesa do governo. A informação consta em documento entregue à CPI da Covid do Senado pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).

Na planilha de pagamentos, a Secom indica o repasse de sete parcelas para a empresa do apresentador, a José Siqueira Barros Junior Produções, entre dezembro último até abril deste ano, sob a justificativa da participação de Sikêra em sete campanhas publicitárias do governo, segundo o documento.

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