Quase 69 milhões estão com a dose de reforço contra a covid atrasada

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Publicado Quarta, 04 de Janeiro de 2023 às 08:54, por: CdB

Segundo a pasta, estudos científicos revelam que a proteção vacinal desenvolvida contra a covid-19 é mais alta nos primeiros meses, mas pode apresentar redução. Com a dose de reforço, a proteção contra o vírus volta a ficar elevada. Por isso, a proteção adicional é considerada indispensável.

Por Redação, com ABr - de Brasília

Cerca de 69 milhões de brasileiros ainda não receberam a dose de reforço da vacina contra a covid-19. A Rede Nacional de Dados em Saúde mostra ainda que mais de 30 milhões de pessoas não receberam a segunda dose do reforço, enquanto 19 milhões de pessoas não buscaram sequer a segunda dose do esquema vacinal primário.

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Dados mostram que 30 milhões não receberam segunda dose de reforço

Esta semana, a recém-empossada ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a pandemia não acabou e reforçou a importância de se completar o esquema vacinal contra a doença.

– A pandemia mostrou a nossa vulnerabilidade. O rei está nu. Precisamos afirmar, sem nenhuma tergiversação, e superar essa condição – disse, ao destacar que o país responde por 11% das mortes por covid-19 no mundo, apesar de representar 2,7% da população global.

Segundo a pasta, estudos científicos revelam que a proteção vacinal desenvolvida contra a covid-19 é mais alta nos primeiros meses, mas pode apresentar redução. Com a dose de reforço, a proteção contra o vírus volta a ficar elevada. Por isso, a proteção adicional é considerada indispensável.

– Neste cenário, o Ministério da Saúde ressalta que é fundamental buscar uma unidade de saúde mais próxima para atualizar a caderneta de vacinação contra a covid-19 e outras doenças.

Até o momento, 163 milhões de pessoas tomaram a segunda dose ou a dose única da vacina contra a covid-19, o que representa 79% da população. Quanto à primeira dose de reforço, 102,5 milhões foram aplicadas. Já a segunda dose de reforço, ou dose adicional, soma 45,2 milhões de aplicações.

Secretária de Vigilância em Saúde diz que vacinação é estratégia coletiva

Vacina não é remédio e vacinação é estratégia coletiva. A afirmação é da nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. “Se você comprar (a vacina) e todo o seu entorno não vacinar, o vírus pode fazer uma mutação e a sua vacina não servir para nada. Dinheiro jogado fora”, escreveu em seu perfil no Twitter.

No post, a secretária lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha para que todos os países tenham acesso à vacinação exatamente porque se alguém, em algum lugar do mundo, não for imunizado, o vírus pode sofrer uma mutação e todo o esforço dos demais países será perdido.

– Repetindo para que todos entendam: vacina é estratégia coletiva. Precisamos do maior número em todos os lugares vacinados. Imunidade coletiva – disse. “Nossa briga deve ser pelo acesso universal às vacinas e não ‘eu tenho dinheiro e posso pagar para me salvar’. Ninguém se salva sozinho se não salvar a todos. Essa é a lição do vírus. Ou entendemos ou afundamos juntos”.

Ethel Maciel foi anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, como secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, na última segunda-feira. Pesquisadora, enfermeira e doutora em epidemiologia, Ethel é professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo e preside a Rede Tuberculose, ONG de pesquisa que trata de ações de controle da tuberculose.

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