Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Putin diz a Macron que aceita inspeção da Aiea em Zaporizhzhia

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Sexta, 19 de Agosto de 2022 às 11:17, por: CdB

Segundo a Presidência da França, Putin concordou com o envio de uma missão da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) para inspecionar a central de Zaporizhzhia, técnicos da instituição tentam há meses visitar a usina, mas encontram obstáculos tanto de Moscou quanto de Kiev.

Por Redação, com ANSA - de Moscou

O presidente da França, Emmanuel Macron, telefonou nesta sexta-feira para o mandatário da Rússia, Vladimir Putin, para falar sobre a situação da central nuclear de Zaporizhzhia, que pertence à Ucrânia, mas está sob controle das tropas de Moscou.

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Central nuclear de Zaporizhzhia

Com seis reatores, a planta é a maior usina de energia atômica na Europa e foi palco de combates no início de agosto, gerando temores de uma catástrofe nuclear pior que a de Chernobyl.

Segundo a Presidência da França, Putin concordou com o envio de uma missão da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) para inspecionar a central de Zaporizhzhia, técnicos da instituição tentam há meses visitar a usina, mas encontram obstáculos tanto de Moscou quanto de Kiev.

Preocupação com os riscos

"Macron expressou mais uma vez sua preocupação com os riscos pela situação na central de Zaporizhzhia, apoiando o envio o quanto antes de uma missão de especialistas da Aiea, com condições aprovadas pela Ucrânia e pelas Nações Unidas", diz um comunicado do Palácio do Eliseu.

"O presidente russo expressou sua concordância com o deslocamento dessa missão. Os dois presidentes voltarão a conversar sobre o tema nos próximos dias, após um diálogo entre as equipes técnicas", acrescenta a nota.

O Kremlin, por sua vez, diz que Putin afirmou a Macron que os supostos bombardeios ucranianos em Zaporizhzhia arriscam provocar uma "catástrofe de larga escala".

No início da semana, a Rússia havia listado algumas condições para permitir uma inspeção da Aiea, incluindo as exigências de que a missão não passe por Kiev nem aborde a desmilitarização da usina, algo que Moscou diz ser "impossível" no momento.

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