Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Proposta de trégua está muito aquém de exigências, diz Netanyahu

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Terça, 07 de Maio de 2024 às 14:03, por: CdB

Mais cedo, forças israelenses assumiram o controle do lado palestino da passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e Gaza. Netanyahu disse ser esse “um passo muito significativo para a destruição das capacidades militares remanescentes do Hamas.”

Por Redação, com Reuters – de Jerusalém

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira que a mais recente proposta de trégua do grupo islâmico palestino Hamas está muito aquém das exigências essenciais de Israel. Acrescentou que a pressão militar continua sendo necessária para resgatar os reféns mantidos em Gaza.

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Para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pressão militar continua necessária para resgatar reféns

Mais cedo, forças israelenses assumiram o controle do lado palestino da passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e Gaza. Netanyahu disse ser esse “um passo muito significativo para a destruição das capacidades militares remanescentes do Hamas.”

Ajuda

 As agências da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram nesta terça-feira que as duas principais passagens para o sul da Faixa de Gaza permaneciam fechadas, praticamente isolando o enclave palestino da ajuda externa, com poucos estoques no interior.

O porta-voz do escritório humanitário da agência, Jens Laerke, afirmou aos jornalistas que Israel fechou as passagens de Rafah e Kerem Shalom para ajuda e pessoas, como parte de sua operação militar em Rafah, onde cerca de 1 milhão de pessoas desalojadas estão abrigadas.

As Forças Armadas israelenses disseram que uma operação limitada em Rafah tinha o objetivo de matar combatentes e desmantelar a infraestrutura usada pelo Hamas, que governa o território palestino sitiado.

– As duas principais vias de entrada de ajuda em Gaza estão atualmente bloqueadas – disse Laerke, acrescentando que as agências da ONU tinham estoques muito baixos no território, já que os suprimentos humanitários eram consumidos imediatamente. O enclave tem apenas uma reserva de combustível para um dia, segundo ele.

– Se o combustível não chegar para um período prolongado, será uma maneira muito eficaz de colocar a operação humanitária em perigo – afirmou.

Um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse, em resposta à pergunta de um jornalista, que não estavam sendo feitas exceções para pacientes doentes e feridos.

Embora alguns suprimentos que não sejam combustíveis tenham entrado em Gaza pela travessia de Erez, ao norte, nos últimos dias, as agências da ONU disseram que isso era insuficiente e difícil de entregar em Rafah, pois significava atravessar zonas de combate ativas.

– Erez simplesmente não será suficiente – disse James Elder, porta-voz da agência das Nações Unidas para a Infância (Unicef). “Se o portão de Rafah fechar por um longo período, é difícil ver como a fome em Gaza poderá ser evitada”, declarou.

Mesmo antes da mais recente escalada no conflito de sete meses, as Nações Unidas acusaram repetidamente Israel de restringir o acesso à ajuda, apesar dos avisos de fome. Diante da crescente pressão internacional, Israel se comprometeu a melhorar o acesso, mas diz que as agências da ONU são culpadas por não distribuir a ajuda de forma mais eficiente dentro do enclave.

As agências da ONU afirmaram que haviam estocado previamente parte da ajuda em Rafah, mas que o estoque de água e de suprimentos nutricionais de alta energia, necessários para tratar crianças desnutridas, era muito baixo.

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