Neste mês, a auditoria concluiu que o dirigente de 81 anos não tinha mais "a legitimidade necessária" para administrar e representar o esporte na França e "destacou o comportamento inadequado de Le Graët em relação às mulheres".
Por Redação, com Reuters - de Paris
Noël Le Graët, o controverso presidente da federação francesa de futebol, renunciou em meio a um escândalo de assédio, incluindo assédio sexual, e uma auditoria contundente, informou a federação nesta terça-feira.
Le Graët, chefe da FFF desde 2011, estava pressionado em meio a uma investigação legal sobre suposto assédio sexual e moral e um relatório encomendado pelo Ministério do Esporte.
Neste mês, a auditoria concluiu que o dirigente de 81 anos não tinha mais "a legitimidade necessária" para administrar e representar o esporte na França e "destacou o comportamento inadequado de Le Graët em relação às mulheres".
Le Graët, que presidiu seu último comitê executivo nesta terça-feira, negou qualquer irregularidade.
"Noël Le Graët anunciou... ao Comitê Executivo da Federação Francesa de Futebol sua decisão de renunciar ao cargo", disse a FFF em um comunicado.
"Philippe Diallo, vice-presidente, atuará como presidente interino da FFF até 10 de junho de 2023, data da próxima assembleia federal."
Mandato terminaria em 2024
Le Graët, cujo mandato terminaria em 2024, foi criticado por estender o contrato do técnico da seleção masculina Didier Deschamps até 2026 e por comentários depreciativos dirigidos ao craque francês Zinedine Zidane.
A FFF também criticou a auditoria, argumentando que o "relatório do ministério (foi) baseado menos em fatos objetivos do que em avaliações que às vezes levaram a uma difamação desproporcional do órgão".