Maia também manteve a decisão de retirar a credencial do premiado fotógrafo Lula Marques, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que divulgou na semana passada uma imagem de conversas de aplicativo celular do senador Jorge Seif (PL-SC).
Por Redação - de Brasília
Presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro (8/1), o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) recuou da última decisão e derrubou, nesta terça-feira, o veto para a imprensa divulgar documentos sigilosos recebidos pela comissão. Ele manteve, no entanto, trechos de ato que censurou a imprensa, editado na véspera, como a proibição da veiculação de fotos de conversas privadas.
Maia também manteve a decisão de retirar a credencial do premiado fotógrafo Lula Marques, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que divulgou na semana passada uma imagem de conversas de aplicativo celular do senador Jorge Seif (PL-SC). O presidente da CPMI afirmou, ainda, que o veto à divulgação de dados sigilosos "extrapola a nossa condição”.
Lula Marques
— Muitas vezes a imprensa publica, e não é só nessa CPMI, documentos que estão sob sigilo, e esse documentos ganham publicidade e você não sabe a origem. Portanto não posso responsabilizar esse jornalista. Seria algo errado — disse ele.
Na véspera, o deputado havia editado o ato que censura o trabalho de jornalista que acompanham a CPMI. O texto proíbe profissionais da imprensa de capturar "imagens (na CPMI) de conteúdo privado de terceiros sem autorização". O trecho foi mantido por Maia. Ainda na decisão, o parlamentar citou o direito à privacidade para manter o veto às fotografias.
A censura foi imposta dias após Maia decidir barrar e entrada do repórter-fotográfico Lula Marques no Plenário da Comissão. O jornalista publicou foto da tela do celular de Seif sobre operação da Polícia Civil de Brasília contra o filho ’04’ de Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan.