Portugueses estão cautelosamente otimistas após vitória eleitoral 

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Publicado Segunda, 31 de Janeiro de 2022 às 09:41, por: CdB

 

Desafiando todas as probabilidades, Costa ganhou um forte mandato na votação antecipada, que foi convocada depois que o Parlamento rejeitou o projeto de orçamento de seu governo minoritário. O PS conquistou pelo menos 117 assentos.

Por Redação, com Reuters - de Lisboa

Os eleitores portugueses saudaram cautelosamente o retorno da estabilidade política nesta segunda-feira, depois que uma longa noite eleitoral deu uma maioria absoluta surpreendente ao Partido Socialista (PS), do primeiro-ministro António Costa, mas a ascensão de um partido de extrema direita gerou preocupações.
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Portugueses estão cautelosamente otimistas após vitória eleitoral de primeiro-ministro
Desafiando todas as probabilidades, Costa ganhou um forte mandato na votação antecipada, que foi convocada depois que o Parlamento rejeitou o projeto de orçamento de seu governo minoritário. O PS conquistou pelo menos 117 assentos, uma maioria absoluta, deixando o principal partido da oposição, o Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, com apenas 71. – Ninguém esperava, nem o próprio PS, mas acho que é bom para o país, precisamos de estabilidade – disse António Carlos, de 69 anos, enquanto caminhava por um dos bairros de Lisboa. João Fidalgo, 39, foi mais cauteloso, dizendo temer que a maioria possa levar os socialistas a se desviarem para a direita. – Espero que o PS continue buscando as políticas de centro-esquerda e não seja enganado pelas grandes empresas e interesses econômicos – disse.

A vitória de Costa

Os investidores saudaram a vitória de Costa, embora o índice de ações PSI20 de Portugal tenha subido apenas 0,5%. – O governo de Costa desenvolveu uma reputação de disciplina fiscal e agora, com um mandato forte... os investidores vão se sentir tranquilos, em uma dinâmica que provavelmente oferecerá suporte aos ativos portugueses – disse Ricardo Evangelista, diretor da ActivTrades Europe, baseado em Luxemburgo. O Chega, de extrema-direita, emergiu como a terceira maior força parlamentar, dando um grande salto de apenas um assento na legislatura anterior para 12. Muitos portugueses ficaram chocados. – É um partido de extremos, de fascismo... estou surpresa que Portugal ainda queira que isto esteja representado no país – disse Mariana Murça, de 22 anos, acrescentando que Costa mereceu vencer depois da sua gestão durante a pandemia de covid-19.
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