PGR concorda em quebrar o sigilo de Janones, por forte suspeita de crimes

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Publicado Quinta, 15 de Fevereiro de 2024 às 18:22, por: CdB

Em parecer assinado pelo vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, a PGR disse que o caso de Janones se enquadra nas possibilidades de quebra de sigilos, diante de “fortes indícios” de irregularidades.


Por Redação - de Brasília

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, nesta quinta-feira, o envio ao Supremo Tribunal Federal (STF) do parecer favorável à quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado André Janones (Avante-MG), bem como os de alguns de seus atuais e antigos assessores parlamentares.

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O deputado Janones (Avante-MG) é advogado e um dos líderes do partido Avante


O deputado é alvo de inquérito no Supremo, aberto em dezembro pelo ministro do Supremo Luiz Fux, a pedido da PGR. A suspeita é de que tenham ocorrido desvios de salários no gabinete do parlamentar. A investigação apura os crimes de peculato, concussão e associação criminosa.

Em parecer assinado pelo vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, a PGR disse que o caso de Janones se enquadra nas possibilidades de quebra de sigilos, diante de “fortes indícios” de irregularidades.

 

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"No caso, como os elementos de informação já reunidos apontam concretamente para a participação dos investigados no esquema de desvio de recursos públicos e recepção de vantagem indevida, não há dúvida quanto à necessidade do afastamento dos respectivos sigilos bancário e fiscal", diz parecer da PGR.

O processo foi movido após parlamentares de oposição terem apresentado notícia-crime contra o deputado mineiro. O caso veio à tona depois que o portal brasiliense ‘Metrópoles’ publicou um áudio em que o deputado solicita a seus assessores o repasse de parte dos salários para ajudar a pagar os custos da campanha eleitoral de 2016.

Naquele ano, o parlamentar disputou a prefeitura de Ituiutaba (MG), mas não foi eleito. Assessores a quem Janones enviou o áudio ainda trabalham com o parlamentar e foram ouvidos pela Polícia Federal (PF) no caso.

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