PF faz operação de combate ao tráfico interestadual de drogas

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Publicado Quarta, 07 de Fevereiro de 2024 às 14:05, por: CdB

A ação visa desarticular organização criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas, que tem como principal destino a região sudeste do país. Foram cumpridos 27 mandados judiciais, que resultaram na prisão de sete pessoas.


Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro


A Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar de Rondônia, deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Regresso, para dar cumprimento a 11 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos nas cidades de Ji-Paraná/RO, Alto Alegre dos Parecis/RO, Jaru/RO e Manaus/AM, todos expedidos pela Vara Criminal de Vilhena/RO.




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Foram cumpridos 27 mandados judiciais, que resultaram na prisão de sete pessoas

A ação visa desarticular organização criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas, que tem como principal destino a região sudeste do país.


A operação contou com a participação de 60 policiais federais, além das equipes da Polícia Militar de Rondônia, que resultou na prisão preventiva de quatro pessoas, além de três presos em flagrante, 11 armas, aproximadamente mil munições, cinco veículos e cerca de R$ 60 mil em espécie.


O trabalho investigativo teve início em 2022, após prisão em flagrante de duas pessoas, em situações distintas, as quais transportavam um total de 315kg de cocaína.


Durante o período investigativo, foram apreendidos outros 400kg da mesma substância entorpecente, com pessoas ligadas à organização criminosa.


Os investigados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais, cujas penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.



Evasão de divisas e lavagem de dinheiro


A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação SYMBOLIC, que é desdobramento da Operação HARVEST (MAR/22), com ênfase no combate a fraudes cambiais, evasão de divisas e lavagem de dinheiro cometidos no mercado de intermediação de pagamentos para plataformas de apostas e de investimentos no exterior.


Policiais federais cumprem, nas cidades de Curitiba/PR, Campinas/SP e São Paulo/SP, cinco mandados de busca e apreensão, além de ordens de indisponibilidade de bens e de valores que podem atingir R$ 620 milhões. As medidas foram expedidas pela 22ª Vara da Justiça Federal em Porto Alegre e têm como foco pessoas que auxiliavam nas rotinas financeiras das operações, notadamente através de fraudes cambiais.


O principal investigado, um brasileiro radicado em Montevidéu/Uruguai, controlava um grupo de empresas com sede em Santana do Livramento, que movimentou, entre 2019 e 2023, cerca de R$ 15 bilhões. O grupo de empresas atuava na intermediação de pagamentos vinculados a casas de apostas e plataformas de investimento do exterior, tendo estruturado processos de envio informal de dinheiro ao exterior e de lavagem de dinheiro. Para tanto, o investigado trabalhava conjuntamente com pessoas radicadas no Brasil, na Argentina e na Espanha.


As remessas de dinheiro ao exterior se davam, em sua maior parcela, de maneira informal ou irregular, via dólar-cabo ou mercado de criptoativos. O grupo mantinha um fundo estrangeiro responsável pela compensação remota de pagamentos no exterior. Paralelamente, o grupo investigado contava com o apoio de uma exchange de criptoativos para efetuar a remessa de valores ao exterior de maneira totalmente informal.


A organização usava o mercado de câmbio formal para documentar o envio desse dinheiro para outros países – buscando dar aparência de regularidade às operações. Uma corretora e um banco de câmbio estão sendo investigados por possível envolvimento nesses processos.


Além disso, empresas não diretamente ligadas à organização eram usadas para movimentar parcelas dos recursos de forma a burlar os sistemas de controle e de compliance dos bancos, bem como dissimular essas movimentações financeiras. Há suspeitas de que essas ferramentas de intermediação financeira serviam para a lavagem de capitais de pessoas vinculadas a práticas de estelionato eletrônico e de tráfico de drogas, por exemplo.


A investigação é resultado de uma atuação conjunta da Delegacia de Polícia Federal em Santana do Livramento e do Grupo de Investigação para Repressão à Lavagem de Dinheiro e Crimes Financeiros (LAFIN/RS).




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