Publicado Quinta, 19 de Maio de 2022 às 10:37, por: CdB
As investigações da operação desta quinta-feira indicam que o grupo criminoso ligado a uma empresa de táxi aéreo e a outra empresa de poços artesianos possuem por volta de 20 helicópteros, destinados ao transporte do minério extraído ilegalmente.
Por Redação, com ACS - de Brasília
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a segunda fase da URIHI WAPOPË, com objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada à extração de minério em garimpos ilegais na TI Yanomami e sua posterior comercialização. A primeira fase da operação foi deflagrada em outubro de 2021.
A atividade ilegal acontecia na Terra Indígena Yanomami
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª vara Federal Criminal, na residência de quatro investigados.
As investigações da operação desta quinta-feira indicam que o grupo criminoso ligado a uma empresa de táxi aéreo e a outra empresa de poços artesianos possuem por volta de 20 helicópteros, destinados ao transporte do minério extraído ilegalmente.
Extração irregular de minério
Notou-se que, além da extração irregular de minério, o grupo estaria ocultando patrimônio por meio da transferência de bens a terceiros e promovendo a remessa de dinheiro para o exterior com uso de falsa identidade ou por meio de operação de câmbio não autorizada.
As investigações apontam que o grupo criminoso teria ainda criado uma empresa fantasma objetivando ocultar sua movimentação financeira ilícita.
O nome da operação, URIHI WAPOPË (comedores de terra), faz alusão ao nome usado pelos povos Yanomami para se referirem aos garimpeiros, que invadem a TI Yanomami e destroem as áreas de floresta, próximas aos rios, em busca de minério.