Ainda segundo o comunicado, a empresa “reforça o seu compromisso com a continuidade operacional” da refinaria, “com a confiabilidade e disponibilidade de suas unidades e zelando pela segurança e respeito ao meio ambiente e às pessoas”. Instalada em Fortaleza, a Lubnor tem capacidade de processamento autorizada de 8,2 mil barris/dia.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A Petrobras divulgou na manhã desta segunda-feira comunicado ao mercado informando rescisão do contrato de venda da refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) e ativos logísticos associados. De acordo com o texto, o motivo foi a ausência de cumprimento de condições previstas no contrato até o prazo final, no último sábado. Isso “em que pesem os melhores esforços empreendidos pela Petrobras para conclusão da transação”.
Ainda segundo o comunicado, a empresa “reforça o seu compromisso com a continuidade operacional” da refinaria, “com a confiabilidade e disponibilidade de suas unidades e zelando pela segurança e respeito ao meio ambiente e às pessoas”. Instalada em Fortaleza, a Lubnor tem capacidade de processamento autorizada de 8,2 mil barris/dia. É uma das líderes nacionais em produção de asfalto, “e a única unidade de refino no país a produzir lubrificantes naftênicos”.
Negociação
A venda da Lubnor para a Grepar Participações, por US$ 34 milhões, foi anunciada em maio do ano passado. Houve protestos entre os trabalhadores e polêmica judicial com a prefeitura de Fortaleza, dona de 30% do terreno. A Grepar ainda não se manifestou.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) comemorou a decisão. Durante três anos, lembrou a entidade, o Sindipetro local fez dezenas de atos, além de promover a primeira greve da categoria no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também foram realizadas audiências públicas na Câmara de Fortaleza e na Assembleia Legislativa.
“A privatização teria implicado em encarecimento das obras públicas, bem como representado uma ameaça à produção nacional de óleos lubrificantes sofisticados, exclusivos dessa refinaria”, afirma o sindicato.