Petrobras desiste de privatizar refinaria do Nordeste

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Publicado Segunda, 27 de Novembro de 2023 às 18:46, por: CdB

Ainda segundo o comunicado, a empresa “reforça o seu compromisso com a continuidade operacional” da refinaria, “com a confiabilidade e disponibilidade de suas unidades e zelando pela segurança e respeito ao meio ambiente e às pessoas”. Instalada em Fortaleza, a Lubnor tem capacidade de processamento autorizada de 8,2 mil barris/dia.


Por Redação - do Rio de Janeiro

A Petrobras divulgou na manhã desta segunda-feira comunicado ao mercado informando rescisão do contrato de venda da refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) e ativos logísticos associados. De acordo com o texto, o motivo foi a ausência de cumprimento de condições previstas no contrato até o prazo final, no último sábado. Isso “em que pesem os melhores esforços empreendidos pela Petrobras para conclusão da transação”.

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A Lubnor está no grupo de refinarias que o governo Bolsonaro tentava transferir à iniciativa privada


Ainda segundo o comunicado, a empresa “reforça o seu compromisso com a continuidade operacional” da refinaria, “com a confiabilidade e disponibilidade de suas unidades e zelando pela segurança e respeito ao meio ambiente e às pessoas”. Instalada em Fortaleza, a Lubnor tem capacidade de processamento autorizada de 8,2 mil barris/dia. É uma das líderes nacionais em produção de asfalto, “e a única unidade de refino no país a produzir lubrificantes naftênicos”.

 

Negociação


A venda da Lubnor para a Grepar Participações, por US$ 34 milhões, foi anunciada em maio do ano passado. Houve protestos entre os trabalhadores e polêmica judicial com a prefeitura de Fortaleza, dona de 30% do terreno. A Grepar ainda não se manifestou.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) comemorou a decisão. Durante três anos, lembrou a entidade, o Sindipetro local fez dezenas de atos, além de promover a primeira greve da categoria no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também foram realizadas audiências públicas na Câmara de Fortaleza e na Assembleia Legislativa.

“A privatização teria implicado em encarecimento das obras públicas, bem como representado uma ameaça à produção nacional de óleos lubrificantes sofisticados, exclusivos dessa refinaria”, afirma o sindicato.

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