Publicado Quarta, 25 de Setembro de 2019 às 11:10, por: CdB
De acordo com a pesquisa, 50% da população brasileira desaprovam a maneira de Jair Bolsonaro governar.
Por Redação, com Agências de Notícias - do Rio de Janeiro
A popularidade do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) está caindo. Um pesquisa encomendada pela CNI reforça essa derrota já que a confiança e a aprovação da população sobre a forma de governar de Bolsonaro também registraram queda. A pesquisa foi divulgada pelo jornal O Globo, nesta quarta-feira, e aconteceu entre 19 e 22 de setembro.
Sobre a confiança, a pesquisa mostrou que 55% afirmaram não confiar no presidente Jair Bolsonaro
A avaliação positiva (ótimo e bom) do governo está em 31% e a avaliação negativa (ruim e péssimo)subiu em setembro e está em 34%. Os que consideram o governo “regular” são 32%. Os que não sabem ou não quiseram responder somaram 3%.
De acordo com a pesquisa, 50% da população brasileira desaprovam a maneira de Bolsonaro governar.Já a aprovação está em 44% e 6% não quiseram responder. Sobre a confiança, 55% afirmaram não confiar no presidente e 42% ainda confiam em Jair Bolsonaro. Nesta pesquisa foram ouvidas 2 mil pessoas.
Moro é mais popular
No início de setembro, uma pesquisa Datafolha mostrou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foi aprovado por 54% da população, um desempenho 25 pontos superior ao do presidente Jair Bolsonaro.
Mais popular e mais bem avaliado entre os ministros do governo Bolsonaro, o ex-juiz da operação Lava Jato é considerado ótimo/bom por 54% dos entrevistados, enquanto 20% o consideraram ruim/péssimo e 24% o avaliam como regular, segundo o levantamento publicado pelo diário paulistano Folha de S.Paulo.
Em comparação, pesquisa Datafolha publicada na segunda-feira mostrou avanço na reprovação de Bolsonaro para 38% em agosto ante 33% em julho, enquanto a aprovação passou para 29% de 33%.
Bolsonaro provocou uma crise com Moro e a Polícia Federal no mês passado ao indicar uma troca na chefia da Superintendência da PF no Rio de Janeiro, unidade que investiga seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
Desaprovação já caía em agosto
A desaprovação ao desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro saltou para 53,7% em agosto, ante 28,2% em fevereiro, mostrou a pesquisa CNT/MDA, em 27 de agosto, que também apontou que a aprovação pessoal do desempenho do presidente caiu para 41%, ante 57,5% em fevereiro.
O levantamento também mostrou que a avaliação positiva do governo Bolsonaro é de 29,4%, ante 38,9% em fevereiro. O percentual dos que têm uma avaliação negativa da gestão é agora de 39,5%, contra 19% em fevereiro. Os que avaliam o governo como regular são 29,1%, ante 29%, apontou a pesquisa.
A pesquisa mostra também a relação com o Congresso. Dos entrevistados, 31,6% afirmam que o presidente tem conseguido uma boa articulação para aprovar temas importantes para o Brasil, enquanto 55,6% acham que ele não está conseguindo articular as propostas. 12,8% não souberam ou não responderam.
A pesquisa mostra, ainda, que entrevistados apontaram Saúde (54,7%), Educação (49,8%) e Emprego (44,2%) como os maiores desafios do atual governo. Dentre as onze opções apresentadas, os entrevistados deixaram Energia (2,0%), Saneamento (3,1%) e Transporte (3,5%) como os menores desafios.
A pesquisa coloca o Combate à Corrupção (31,3%), Segurança (20,8%) e Redução de cargos e ministérios (18,5%) como as áreas que o governo melhor atuou nestes oito meses.
Ainda de acordo com a pesquisa, Saúde (30,6%), Meio Ambiente (26,5%) e Educação (24,5%) foram apontados pelos entrevistados como as áreas de pior desempenho de Bolsonaro.
O fato de os filhos de Bolsonaro opinarem sobre integrantes e ações de seu governo também é vista de forma negativa pelos entrevistados. A pesquisa mostra que 72% consideram inadequada a postura do presidente Jair Bolsonaro de indicar um de seus filhos à embaixada dos Estados Unidos.
A pesquisa do instituto MDA, para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), ouviu 2.002 pessoas, entre quinta-feira e domingo. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.