Pesquisa aponta desaceleração no ritmo do crescimento industrial

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Publicado Sexta, 04 de Fevereiro de 2022 às 13:01, por: CdB

“Apesar do avanço verificado na comparação anual, há desaceleração no ritmo de crescimento do emprego, tendência de queda do faturamento e da utilização da capacidade instalada no segundo semestre de 2021”, detalha a CNI por meio do levantamento Indicadores Industriais divulgado na manhã desta sexta-feira, na sede nacional.

Por Redação, com ABr - de Brasília
A Confederação Nacional da Indústria destacou, em relatório divulgado nesta sexta-feira, que os recentes resultado positivos nos números da indústria tem, como base de comparação 2020, um ano atípico e com “desempenho excessivamente fraco” em decorrência da pandemia.
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A indústria vem crescendo abaixo de 1% nos últimos anos, constata a CNI
“Apesar do avanço verificado na comparação anual, há desaceleração no ritmo de crescimento do emprego, tendência de queda do faturamento e da utilização da capacidade instalada no segundo semestre de 2021”, detalha a CNI por meio do levantamento Indicadores Industriais. Os indicadores registram alta de 3,7% no faturamento da indústria de 2021, na comparação com 2020. Em dezembro, no entanto, esse indicador apresentou uma queda de 0,3% na série livre de efeitos sazonais. “Esse aumento se deve ao patamar elevado em que o faturamento começou o ano, uma vez que o indicador registrou quedas sucessivas ao longo dos meses”, explica a CNI.

Inflação

De acordo com o levantamento, em dezembro de 2021, o faturamento estava 7,5% abaixo do registrado no mesmo mês de 2020. No acumulado de 2021, o faturamento foi 5% menor do que o de fevereiro de 2020, antes da chegada da pandemia de covid-19 ao país, detalha o estudo. Ainda segundo os Indicadores Industriais, a massa salarial real e sobretudo o rendimento médio real, pressionados pela inflação, seguiram em queda na maior parte de 2021. Os indicadores divulgados nesta manhã fecham os dados obtidos ao longo do ano passado. O levantamento revela que os pontos que contribuíram para o recuo no segundo semestre vão além dos efeitos da persistência da pandemia de covid-19, abrangendo também “o desarranjo das cadeias de suprimentos, que contribuem para que a recuperação não se complete e para que se mantenha o contexto de incerteza e altos custos na indústria de transformação”.

Capacidade

— O resultado faz o enceramento do ano de 2021. Na comparação, temos resultados positivos na comparação com 2020. Mas é preciso lembrar que 2020 foi um ano muito difícil para a indústria, que praticamente parou por dois meses durante aquele ano, por conta da pandemia. Então essa comparação é feita com uma base muito baixa — acrescentou o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, em entrevista a jornalistas. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu 0,6 ponto percentual de novembro para dezembro de 2021. Tendo por base de comparação dezembro de 2020, o recuo registrado é de 0,7 ponto percentual. A CNI lembra que, em junho de 2021, esse indicador chegou a atingir o patamar de 82,3%, “ponto mais alto desde 2014”. No entanto, acabou entrando em uma “tendência de queda no segundo semestre, encerrando o ano em 79,6% em dezembro”.
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