A pedido dos EUA, Lula atua como mediador em conflito na fronteira

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Publicado Segunda, 11 de Dezembro de 2023 às 18:19, por: CdB

Conforme adiantou a reportagem do Correio do Brasil, na sexta-feira, partiu dos Estados Unidos o pedido para que o governo brasileiro assumisse a posição de negociador das demandas, de forma a evitar a progressão de um possível confronto bélico entre as duas nações sul-americanas.


Por Redação - de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviará o chefe da assessoria especial da Presidência, Celso Amorim, para mediar a reunião, nesta quinta-feira, entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali. O encontro, marcado nas ilhas São Vicente e Granadinas, abordará a reivindicação da venezuelana sobre a região de Essequibo, sob domínio guianense desde o século XIX, quando foi anexado unilateralmente pela antiga colônia britânica.

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Celso Amorim foi ministro das Relações Exteriores nos dois mandatos do presidente Lula


Conforme adiantou a reportagem do Correio do Brasil, na sexta-feira, partiu dos Estados Unidos o pedido para que o governo brasileiro assumisse a posição de negociador das demandas, de forma a evitar a progressão de um possível confronto bélico entre as duas nações sul-americanas.

O próprio ex-chanceler Celso Amorim intermediou, no sábado, uma conversa entre o presidente Lula, ao telefone, com Maduro. Ambos têm excelentes relações e, no diálogo, o brasileiro pediu a ele que evite “medidas unilaterais”.

 

Tensões


Lula também observou que de países da América do Sul têm se pronunciado acerca de uma tomada hostil do território de Essequibo por parte dos venezuelanos. O líder brasileiro foi oficialmente convidado para a reunião no país que atualmente preside a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), mas preferiu escalar Amorim, que reúne bagagem suficiente para mediar a questão. Na quinta-feira, Lula vai a Curitiba assinar convênios da Itaipu Binacional com autoridades paraguaias.

O aumento no interesse da república bolivariana para a região está fundamentada nos ativos naturais de Essequibo, como ouro e petróleo. A posse da área em litígio passou por um plebiscito, no domingo passado, e mais de 90% dos eleitores aprovaram a anexação de perto de 70% do território da Guiana.

Embora o Brasil mantenha sua posição de neutralidade frente aos desafios impostos pela contenda internacional, Lula sinalizou ao país vizinho que não tem qualquer interesse em apoiar uma aventura armada dos venezuelanos sobre a Guiana. Menos ainda, permitir que haja a violação da integridade territorial brasileira para o acesso das tropas venezuelanas ao país vizinho.

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