Inicialmente, pensou-se uma reunião pessoalmente entre Nogueira e Pazuello na manhã desta terça-feira, mas a reunião foi cancelada. O episódio é mais uma demonstração da irritação do Alto Comando com Pazuello. Militares consideraram a participação dele no ato com Bolsonaro uma afronta às Forças Armadas.
Por Redação - de Brasília
A presença do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na manifestação deste domingo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em uma concentração de motoqueiros, no Rio de Janeiro; além de provocar indignação nos meios militares, na classe política e na sociedade civil, rendeu um processo administrativo contra o general.
O Comando do Exército decidiu abrir um procedimento disciplinar contra o ex-ministro, uma vez que, como militar da ativa, ele somente poderia participar da manifestação se autorizado para tanto, o que não aconteceu.
A investigação avaliará se ele descumpriu o Regulamento Disciplinar do Exército, que prevê punição caso "manifeste-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária".
Pazuello foi notificado pelo Exército Brasileiro, ainda na noite passada, sobre a abertura da apuração. A ideia inicial era que o ex-ministro fosse informado pessoalmente pelo comandante do Exército, Paulo Sergio Nogueira, mas fontes das Forças Armadas informaram à rede norte-americana de TV CNN que ele não chegou a tempo do Rio de Janeiro.
Defesa
Inicialmente, pensou-se uma reunião pessoalmente entre Nogueira e Pazuello na manhã desta terça-feira, mas a reunião foi cancelada. O episódio é mais uma demonstração da irritação do Alto Comando do Exército com Pazuello. Militares consideraram a participação dele no ato com Bolsonaro uma afronta e agora pressionam para que ele vá para a reserva.
Pazuello será chamado a se manifestar e apresentar sua defesa. A expectativa é de que o procedimento dure até 30 dias.