Rio de Janeiro, 19 de Setembro de 2024

Otan oferece a Joe Biden chance de mostrar a eleitores que pode liderar

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Terça, 09 de Julho de 2024 às 13:17, por: CdB

Biden, de 81 anos, afirmou que pretende continuar na corrida contra o republicano Donald Trump, de 78, apesar das dúvidas de seus correligionários democratas e dos doadores do partido de que ele não tem condições de disputar a eleição em 5 de novembro.

Por Redação, com Reuters – de Washigton

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu nesta terça-feira em Washington os chefes dos Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para a cúpula anual da aliança militar, um encontro que representa uma chance para ele convencer aliados de que ainda pode ser líder no palco internacional.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

Biden, de 81 anos, afirmou que pretende continuar na corrida contra o republicano Donald Trump, de 78, apesar das dúvidas de seus correligionários democratas e dos doadores do partido de que ele não tem condições de disputar a eleição em 5 de novembro depois da fraca participação no debate presidencial em 27 de junho.

Biden colocou como prioridade da sua política externa restaurar as tradicionais alianças dos Estados Unidos para contrabalançar a ameaça das autocracias pelo globo, em movimento oposto ao feito por Trump que tensionou a relação com aliados tradicionais com a sua política de “América Primeiro”.

O vencedor da eleição presidencial de novembro vai ter um impacto substancial no futuro da Otan e da Europa.

Trump indicou que, em um segundo mandato, ele não iria defender membros da Otan que não atingirem a meta mínima de gastos de 2% do Produto Interno bruto (PIB), se sofressem ataques militares. Ele também questionou o montante financeiro dado à Ucrânia no conflito contra a invasão russa.

O discurso de abertura de Biden vai destacar o que o seu governo vê como uma conquista fundamental, de acordo com assessores: uma Otan mais forte e mais unida, sob a liderança de Washington, com mais membros e maior determinação de proteger o que vê como a sua segurança como um grupo.

A simples presença de líderes da Otan mostra a força de Biden de realizar alianças e inspirar confiança, afirmam seus assessores, argumentos que Trump e seus aliados republicanos rejeitam.

A Otan, celebrando seu aniversário de 75 anos, encontrou novo propósito em se opor ao presidente russo, Vladimir Putin, e à invasão da Ucrânia, além de receber a Finlândia e a Suécia como novos membros.

Rússia e Ucrânia

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia vai dominar as conversas privadas entre os líderes dos 32 países-membros da Otan, que têm encontros para discutir a ajuda militar e financeira à Ucrânia e buscam encontrar um caminho para oferecer para Kiev participação na organização.

Esses líderes, contudo, já ansiosos pela perspectiva de um retorno de Trump, tiveram que voltar para Washington e passaram a ter que lidar com questões relacionadas com Biden e a sua capacidade de se manter na disputa, de acordo com diplomatas dos países envolvidos.

Um diplomata descreveu Biden como machucado após as últimas notícias e com seu governo procurando por sinais de que ele sobreviveria ao tumulto interno.

Mais de uma semana depois do debate, Biden continua a enfrentar questões diárias sobre a sua capacidade de se manter no cargo e de enfrentar uma campanha extenuante. Alguns democratas no Congresso pediram que ele desista da sua reeleição.

Joern Fleck, diretor do Centro Europeu no Conselho do Atlântico, disse que dúvidas relacionadas a sobrevivência de Biden ocupavam “a mente de todos os envolvidos”, colocando a possibilidade de um retorno de Trump e enfraquecimento da aliança.

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