Operação da PF combate fraudes contra Caixa Econômica

Arquivado em:
Publicado Terça, 21 de Novembro de 2023 às 11:59, por: CdB

A operação se concentrou na desarticulação de um intrincado esquema ilegal voltado à obtenção fraudulenta de contratos de energia solar junto à mencionada instituição pública.


Por Redação, com ACS - de Brasília


A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, a Operação FAKE SOLIS, resultado de uma investigação detalhada visando desmantelar uma complexa rede criminosa especializada em crimes financeiros.




operacao-1.jpeg
Esquema ilegal voltado à obtenção fraudulenta de contratos de energia solar gerou prejuízo de 8 milhões

Esta rede se dedicava à prática de delitos como organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, fraude na obtenção de financiamento, lavagem de capitais e corrupção, todos perpetrados em detrimento da Caixa Econômica Federal. Somadas, as penas podem chegar a 48 anos de reclusão.


A operação se concentrou na desarticulação de um intrincado esquema ilegal voltado à obtenção fraudulenta de contratos de energia solar junto à mencionada instituição pública.


Segundo apurado, muitos dos clientes não tinham conhecimento da contratação ou apenas tiveram seus nomes utilizados para concretização da fraude na aquisição de sistemas de painéis solares. Este esquema contava com a participação de alguns gerentes.


Para interromper estas atividades criminosas, foram emitidos 14 mandados de busca e apreensão em residências e empresas envolvidas. Além disso, ação resultou na decretação da prisão preventiva de um dos envolvidos, com cooperação da INTERPOL, no arresto de bens, com bloqueio de contas, indisponibilidade de veículos e imóveis, e na suspensão das funções dos investigados, proibindo o acesso a qualquer agência da Caixa Econômica Federal pelo prazo de 60 dias, sem prejuízo de eventual prorrogação.


Esta é apenas uma fase inicial da investigação, que seguirá em curso para fortalecer os elementos de informação em relação aos demais envolvidos no esquema criminoso.



Descaminho e lavagem de dinheiro


Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a Operação Simulação, com a finalidade de combater um grupo criminoso que atua no descaminho de mercadorias e lavagem de dinheiro na região de Londrina/PR.


O objetivo da ação foi dar cumprimento a 14 mandados de busca e apreensão, sendo quatro em Londrina/PR, oito em Arapongas/PR, um em Maringá/PR e um em São José do Rio Preto/SP. Além disso, houve o bloqueio judicial de bens móveis e imóveis e de recursos financeiros mantidos nas contas dos investigados até o limite de seis milhões de reais.


O modus operandi do grupo criminoso consistia na importação e comercialização de mercadorias estrangeiras, oriundas do Paraguai, sem o recolhimento dos tributos devidos, e a ocultação e dissimulação dos recursos financeiros obtidos ilicitamente com essa prática criminosa, inclusive utilizando pessoas físicas e jurídicas para a lavagem do dinheiro. O grupo estaria utilizando empresas de transporte rodoviário para promover a internalização dos produtos no país e também adotava manobras para eliminar ou reduzir as consequências de eventuais fiscalizações, especialmente a utilização de “laranjas de cotas”, ou seja, pessoas que viajariam até a região de fronteira apenas para assumir a propriedade de mercadorias eventualmente apreendidas. Essa simulação foi o que ensejou o nome da operação policial.


A importação ilícita de mercadorias causa um enorme impacto econômico para o Erário e, também, para as empresas formalmente legalizadas que recolhem seus tributos, na medida em que sofrem com a concorrência desleal praticada por aquelas que atuam de forma fraudulenta na obtenção e venda de produtos. Paralelamente, há também um inegável impacto social, pois as organizações criminosas exploram as pessoas e as utilizam como meio de transporte de produtos do crime ou para lavar o dinheiro obtido ilicitamente.


Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem chegar a dezoito anos de prisão.




Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo