ONU exige que Israel seja responsabilizado por possíveis crimes de guerra

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Publicado Sexta, 05 de Abril de 2024 às 11:15, por: CdB

Ao todo, 28 países votaram a favor da resolução, enquanto 13 se abstiveram. Apenas seis países membros se opuseram à resolução, incluindo os Estados Unidos, a Alemanha e Israel, que considerou o texto proposto pela resolução “distorcido”. 


Por Redação, com CartaCapital - de Nova York


O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adotou, nesta sexta-feira, uma resolução pedindo que Israel seja responsabilizado por possíveis delitos de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.




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Votação da resolução foi aplaudida em plenário; EUA, Israel e Alemanha votaram contra o texto

Ao todo, 28 países votaram a favor da resolução, enquanto 13 se abstiveram. Apenas seis países membros se opuseram à resolução, incluindo os Estados Unidos, a Alemanha e Israel, que considerou o texto proposto pela resolução “distorcido”.


Após o fim da votação, a aprovação foi aplaudida pelos representantes no Conselho.


O texto ressalta “a necessidade de garantir a responsabilização por todas as violações do direito internacional humanitário e do direito internacional dos direitos humanos, a fim de acabar com a impunidade”.


Além de expressar “grave preocupação com relatos de graves violações dos direitos humanos e graves violações do direito humanitário internacional, incluindo possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade no Território Palestiniano Ocupado”.


Meirav Eilon Shahar, representante permanente de Israel na ONU, acusou o colegiado de ter “abandonado há muito tempo o povo israelense e defendido por muito tempo o Hamas“.


– De acordo com a resolução que hoje vos é apresentada, Israel não tem o direito de proteger o seu povo, enquanto o Hamas tem todo o direito de assassinar e torturar israelitas inocentes – disse ela antes da votação.


– Um voto ‘Sim’ é um voto no Hamas – completou.



Estados Unidos


O representante dos Estados Unidos também votou contra a resolução, apontando que o texto não continha uma condenação específica para o grupo extremista pelos ataques de 7 de outubro, nem “qualquer referência à natureza terrorista dessas ações”.


Apesar de pontuar a omissão do texto, o país assumiu que Israel não tem feito o suficiente para mitigar os danos causados aos civis palestinos.


– Os Estados Unidos instaram repetidamente Israel a resolver os conflitos das operações militares contra o Hamas com operações humanitárias, a fim de evitar vítimas civis e garantir que os intervenientes humanitários possam cumprir a sua missão essencial em segurança – disse Michèle Taylor, representante permanente dos EUA junto do Conselho.


Taylor ainda ressaltou que neste conflito, foram mortos mais agentes humanitários do que em qualquer outra guerra da era moderna.




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